O adolescente de 15 anos com suspeita de varíola dos macacos, em Divinópolis, testou negativo para a doença, segundo nota divulgada pela Prefeitura nesta quinta-feira (18). O caso foi descartado após análise enviada ao Município pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte. A investigação ocorria desde o dia 3 deste mês.
A reportagem solicitou uma atualização dos casos investigados da doença à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e aguarda retorno.
Na ocasião, a Prefeitura informou que o adolescente não tinha histórico de viagem e contato com pessoas contaminadas; ele estava bem clinicamente. Por conta da suspeita, ele seguiu em isolamento domiciliar e estava sendo monitorado por uma equipe da Secretaria de Saúde (Semusa), como ato preventivo.
Recomendações
A Semusa reitera que a população deve seguir as recomendações e evitar contato com pessoas infectadas ou suspeitas. Saiba mais sobre a doença no decorrer da reportagem.
Casos suspeitos na região
Pará de Minas foi a primeira cidade do Centro-Oeste de Minas a registrar um caso suspeito da doença, em junho. Entretanto, no dia 30 de junho a Secretaria Municipal de Saúde informou que o caso havia sido descartado. Apesar dessa informação, a SES-MG só oficializou o descarte no boletim do dia 16 de julho.
Um caso suspeito da doença também havia sido registrado no início de julho em Papagaios, mas foi descartado pela SES-MG. A pessoa reside em outro país, segundo o informativo.
Até o dia 3 de agosto, segundo a SES-MG, Pará de Minas e Nova Serrana tinham um caso em investigação cada.
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
- Por contato com o vírus – com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas;
- De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais;
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto por meio da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.