Aspectos da resposta da Meta causam “preocupação”, diz AGU

14/01/2025 | Brasil

Governo vai fazer audiência pública para discutir mudanças anunciadas – Foto Marcello Casal / Agencia Brasil

 

 

A empresa Meta, que controla os aplicativos Facebook, Whatsapp e Instagram, respondeu ao governo federal dizendo que o fim do programa de checagens nas mídias sociais, por enquanto, vai ocorrer apenas nos Estados Unidos.

 

No Brasil, o monitoramento independente das redes vai continuar ocorrendo.

 

A empresa respondeu, nesta terça-feira 14/1, a notificação extrajudicial encaminhada pela Advocacia-Geral da União (AGU) na semana passada.

 

Segundo a Meta, o programa de checagens será substituído pelas notas da comunidade, que são informações incluídas pelos próprios usuários em cima de algum conteúdo.

 

Mas a AGU afirmou que alguns aspectos constantes no documento da empresa causam grave preocupação no governo. Especialmente a alteração da Política de Conduta de Ódio da Meta, que pode permitir a violação de direitos fundamentais de brasileiros.

 

O novo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Sidônio Palmeira, disse, nesta terça-feira, em sua posse, que o governo vai defender a legislação brasileira.

 

“Nós vamos defender com muita força a soberania nacional. Não vamos aceitar o discurso de ódio. Porque ali entra o discurso da xenofobia, entra o discurso de racismo, entra o discurso de agressão contra as mulheres.”

 

Para o governo, os atuais termos de uso do Facebook, Instagram e Whatsapp, bem como as mudanças indicadas pela controladora, não estão adequadas à legislação brasileira de proteção da cidadania.

 

A AGU anunciou que o governo vai realizar audiência pública nesta semana para discutir os efeitos das mudanças anunciadas pela Meta, com participação de órgãos públicos, entidades da sociedade civil, especialistas, acadêmicos e representantes das agências de checagem de fatos.

 

 

 

 

 

 

 

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