Três pessoas, incluindo uma assessora lotada na Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Divinópolis, foram presas nesta quarta-feira 19/6, na operação Efeito Colateral, que desarticulou um esquema de estelionato contra o estado de Minas Gerais.
Os suspeitos causaram um prejuízo superior a R$ 656 mil aos cofres públicos.
A operação foi realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Divinópolis e da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, e pela Polícia Militar (PM).
A investigação se estendeu por cerca de dois meses. Conforme o Gaeco, a assessora de 27 anos e o namorado dela, de 30 anos, são suspeitos de terem ingressado com uma ação judicial para custear o tratamento de câncer de uma pessoa em situação de rua, de 46 anos, que jamais teve a doença.
“A assessora se valia do cargo para obter informações e dar andamento nos trâmites processuais. A fraude foi ancorada em atestados médicos falsos e notas fiscais fraudulentas” , detalhou o promotor Leandro Willi, que é coordenador do Gaeco Regional Divinópolis.
O promotor explicou ainda que, com a documentação em nome da pessoa em situação de rua, o casal abriu uma conta bancária e recebeu o valor de mais de R$ 656 mil do estado.
“Eles pleitearam na ação judicial cerca de R$ 1,5 milhão, e já tinham conseguido a liberação de quase R$ 700 mil”, destacou o promotor.
Além das três prisões, foram ainda cumpridos dois mandados de busca e apreensão, para arrecadar materiais ilícitos, objetos e instrumentos ligados às práticas criminosas.
Tendo em vista o prejuízo gerado em desfavor do estado de Minas Gerais, houve bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados.
*Com informações G1