Ainda de forma remota e sem previsão de retorno das aulas presenciais, o ano letivo na rede estadual de ensino de Minas Gerais começa nesta segunda-feira (8).
Ao longo desta semana, as escolas vão se dedicar a atividades de acolhimento dos estudantes. As aulas voltam a ser transmitidas ao vivo na Rede Minas a partir da próxima segunda-feira (15).
Neste ano, os alunos vão continuar a estudar por meio dos Planos de Estudos Tutorados (PETs), materiais elaborados por professores da rede, em parceria com universidades, que abarcam os conteúdos correspondentes a cada etapa de ensino.
Escolas estaduais voltam com ensino remoto, reforço e nova ferramenta para interação entre alunos e professores em Minas
Os PETs poderão ser acessados on-line e também serão distribuídos na forma impressa para estudantes com dificuldade de conexão à internet. No ano passado, em torno de 28% dos discentes receberam a apostila física.
Os materiais serão bimestrais – e não mais mensais, como em 2020 – e serão considerados na contagem de carga horária.
Uma novidade deste ano é o Google Sala de Aula. A interface da ferramenta será incorporada ao aplicativo Conexão Escola 2.0, com navegação paga pelo governo do estado para alunos e professores, e vai permitir a interação por vídeo durante as atividades.
A orientação da Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) é que os docentes fiquem on-line no aplicativo no momento da aula, disponíveis para conversar com os estudantes.
Modelo híbrido
O modelo híbrido de ensino será implementado nas escolas estaduais quando houver autorização judicial para o retorno das aulas presenciais. No ano passado, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) proibiu a retomada, atendendo a um pedido do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais.
Mesmo quando a volta às aulas presenciais for permitida, a prefeitura de cada cidade terá autonomia para decidir sobre a reabertura das unidades. A presença dos alunos também não será obrigatória.
As atividades presenciais só poderão ser retomadas em municípios na onda verde ou amarela do Minas Consciente. Entre as medidas preventivas a serem adotadas, está o distanciamento de 1,5 metro entre as carteiras.
Nas cidades que estiverem na onda amarela do programa, as aulas serão destinadas, inicialmente, a alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Em municípios na onda verde, não haverá restrição de séries.
Caso haja retrocesso para a onda vermelha do Minas Consciente, as aulas presenciais continuam, mas as restrições aumentam: a distância entre as carteiras passa a ser de 3 metros.
Antes do retorno, os gestores e inspetores escolares de todas as unidades deverão apresentar um check-list assegurando que os protocolos sanitários estão sendo aplicados em suas respectivas unidades.
Para a compra de itens e adequações necessárias, o estado disponibilizou cerca de R$ 157 milhões às escolas.
Sobre as tratativas na Justiça, a SEE-MG informou que “está empenhada para atender quaisquer esclarecimentos do judiciário e espera que a deliberação e a resolução que foram publicadas na última semana atendam às sinalizações do TJMG, de forma a dar tranquilidade aos desembargadores para a análise da autorização do retorno de forma híbrida”.
A resolução estabelece os protocolos para o ensino híbrido.
Reforço escolar
Os alunos que tiveram baixo desempenho na avaliação diagnóstica, realizada no final do ano passado, e encerraram 2020 com pendências na entrega dos PETs terão reforço escolar, a partir de 31 de março.
O foco das aulas, destinadas a 100 mil estudantes, serão língua portuguesa e matemática.
Por G1