O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, voltou a comentar sobre a compra de imóveis em dinheiro vivo por ele e seus familiares. De acordo com o mandatário, metade das propriedades registradas é de um “ex-cunhado” que ele indicou não ter mais contato próximo.
“Por que faz isso em cima da minha família? Metade dos imóveis é de ex-cunhado meu. O que tenho a ver com ex-cunhado? Não vejo esse cara há um tempão. Busca uma maneira, 30 dias antes, um levantamento feito pela Folha, que não tem qualquer credibilidade, me acusar disso. Bota minha mãe, que já faleceu, nesse rol também”, disse em trecho de entrevista divulgada pela Jovem Pan nesta quinta-feira (1º).
A referência foi à reportagem do portal Uol, que revelou que o mandatário, irmãos e filhos negociaram 107 imóveis desde 1990, dos quais pelo menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro em espécie, ou seja, em cédulas. As compras com a utilização de dinheiro vivo totalizaram R$ 13,5 milhões nos registros em cartórios. Em valores corrigidos pelo IPCA, o montante equivale a R$ 25,6 milhões atualmente.
O mandatário acrescentou que o caso não irá causar “desgaste” em sua campanha à reeleição.
“Vem para cima de mim, vem para cima de mim e ponto final. Uma maneira de desgastar, não vão conseguir desgastar. Eles querem eleger você sabe bem, né? Não vai ter sucesso”, frisou. Na terça-feira (30), Bolsonaro já tinha tentado minimizar o caso e questionou: “Qual o problema comprar com dinheiro vivo o imóvel?”.
Por O Tempo