O Brasil está perto de bater um milhão de casos prováveis de dengue este ano. Até esta terça-feira 27/2, já foram registrados mais de 920 mil.
Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Paraná lideram o número de casos. O DF apresenta a maior incidência de casos com mais de 3.500 para cada 100 mil habitantes, o dobro de Minas Gerais com 1.500.
O DF ainda teve aumento de quase 1.500% no número de casos em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 6.300.
No Brasil, mais de 180 mortes foram confirmadas e 600 estão em investigação.
Na análise do vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, o país vive uma grande onda de dengue.
“Nós estamos vivenciando ainda em 2024, uma antecipação da grande onda de dengue que parece acontecer neste país de uma maneira muito superior a média do que a gente vem repetindo. Normalmente a tendência do aumento de caso da doença se dá entre março e abril, o pico maior de transmissão. E se nós confirmarmos que essa tendência vá se efetivar em março e abril, nós estamos falando conforme o próprio Ministério da Saúde prevê, mais de quatro milhões de caso este ano”.
Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, André Siqueira, a situação no Brasil é preocupante.
“A gente está atingindo muito cedo, o número recorde de casos, e ainda com tendência de aumento. Então a gente ver diversos estados, diversas regiões sendo afetadas por um aumento expressivo no caso de dengue. E a gente sabe que isso vem acompanhado de sobrecarga nos serviços de saúde e uma proporção de pacientes que agravam e tem risco de complicações e óbitos”.
Neste momento de explosão de casos, prevenir a doença é importante.
Medidas simples e que duram até dez minutos ajudam a eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, localizados em sua maioria, em casa. Então, evite o acúmulo de água parada em caixas d’água, telhas, sacos de lixo, vasos de plantas, pneus, garrafas e tampas plásticas.
Outras medidas são o uso de repelentes e telas em janelas e portas.