Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo nos lares fechou o ano em alta de 3,09%. Índice 18% maior que novembro. Inclusive o maior percentual dos últimos 24 meses quando se compara mês atual com mês anterior.
O motivo, segundo o vice-presidente da Abras, Márcio Milan, é o recuo do desemprego, a melhora do poder de compra do brasileiro e a circulação de mais dinheiro no mercado: 13º, Bolsa Família, pagamento de precatórios… Além da queda no preço de produtos como carne e frango ao longo do ano.
Aliás, só para exemplificar, o preço da carne dianteira – que são cortes como acém e cupim – registrou queda de 0,23% em dezembro, 11,60% a menos no acumulado do ano. Frango e pernil, apesar de terem estado mais caros em dezembro, tiveram queda de preço também no acumulado do ano. Já o ovo registrou o menor percentual de queda em dezembro – 0,48% – e a maior alta acumulada: 2,81%.
O consumidor está gastando mais, consumindo mais proteína, segundo Márcio Milan, mas a busca por marcas alternativas, mais barata, continua. Principalmente na compra de arroz e feijão.
Dentre os produtos de higiene, todos apresentaram alta. A maior foi a da pasta de dente. 6,06% no acumulado do ano.
E a cesta básica? No caso da cesta regional, todas as regiões apresentaram queda. A maior: 5,07% na região Nordeste, que tem a cesta mais barata do país – R$ 649,80. A menor queda: 3,25% no Centro-Oeste. E a cesta mais cara, segundo a Abras está na região sul: R$ 808.
E quando se fala em alimentação, o brasileiro tem preferido comer em casa. As alimentações em domicílio aumentaram 1,34%. E a fora de casa, 0,53%.
Pra 2024 a expectativa é de manutenção desse crescimento gradual do consumo, acompanhando as sazonalidades, o comportamento da safra e as datas festivas como Páscoa e Dia das Mães. A projeção de crescimento é de 2,5%.