1,2 mil bolsonaristas são detidos em acampamento golpista

9/01/2023 | Brasil

Ônibus com bolsonaristas foram escoltados até à PF, em Brasília – Foto: Lucyenne Landim/O TEMPO Brasíli

 

 

Bolsonaristas que foram retirados do acampamento montado em frente ao QG do Exército, em Brasília (DF), na manhã desta segunda-feira (9), foram levados para a Polícia Federal. Segundo o Ministério da Justiça, já foram para o local 1.200 presos, em um comboio com cerca de 45 ônibus. A expectativa é que o número aumente ao longo do dia com o restante da desocupação.

 

O deslocamento dos bolsonaristas foi feito por meio de ônibus do sistema de transporte público no Distrito Federal e foram retirados de rota para a operação. A entrada do primeiro comboio na PF, na manhã desta segunda, durou cerca de 30 minutos e contou com lentidão pela quantidade de veículos.

 

Os manifestantes presentes no ônibus chegaram ao local se manifestando e demonstraram orgulho pelo vandalismo praticado. “Pelo direito de liberdade, queremos ser felizes”, gritou um deles. Houve também quem entrou cantando o hino nacional e disparando ofensas à imprensa que registrava o momento.

 

Expectativa é que o número aumente ao longo do dia – Foto Reprodução/GloboNews

 

 

A previsão é que os bolsonaristas sejam fichados pela Polícia Federal, que irá fazer, ainda, um trabalho para identificar a atuação deles no ato de terrorismo que depredou os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

A operação foi feita pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal e pela Polícia do Exército. Foram usados carros blindados, polícia montada e grande contingente para cercar os manifestantes. A saída dos bolsonaristas do acampamento foi pacífica.

 

A medida aconteceu depois de ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Na madrugada desta segunda(9), Moraes intimou os governadores de todos os estados a dissolverem os acampamentos de apoiadores de Jair Bolsonaro que ainda estão nas portas de quartéis-generais, e mobilizarem todas as forças de segurança (estaduais e federais) desobstruírem as vias públicas em um prazo de 24 horas.

 

O ministro pede ainda a identificação e punição de todos os envolvidos nos atos em um prazo de 48 horas, para isso pede que a Polícia Federal e estabelecimentos privados, como hotéis da região disponibilizem imagens de câmeras de segurança para que seja feito reconhecimento facial de participantes dos atos.

 

A decisão de Moraes, divulgada na madrugada desta segunda-feira (9), é a mesma que ordenou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pelo prazo de 90 dias após as cenas de vandalismo e a suposta omissão das forças policiais em conterem o ato terrorista.

 

Por O Tempo 

 

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