Uma briga entre alunos da Escola Estadual Professora Geralda Magela Leão de Melo, no Bairro Aeroporto em Itaúna, terminou com uma adolescente de 14 anos convulsionada, nesta terça-feira 16/4.
De acordo com a mãe de uma das alunas envolvidas, tudo começou após uma discussão em sala de aula.
“Uma menina brigou com uma colega da minha filha. Elas se desentenderam dentro da sala de aula. Ao invés de resolver, ela levou a irmã e a mãe para baterem nessa menina. A minha filha foi separar a briga e elas acabaram agredindo ela também”, contou.
Em imagens que circulam nas redes sociais, a adolescente aparece com marcas de arranhão nas costas, braços e no rosto. Ela também teve o cabelo puxado. Na confusão, a aluna chegou a passar mal e teve uma convulsão.
A mãe contou que adolescente foi atendida e liberada.
“Eu levei ela para o hospital, fiz o boletim de ocorrência, o exame de corpo de delito. Agora ela já está em casa, mas só chora”, contou.
Ainda segundo a mãe da aluna, as adolescentes apanharam de duas mulheres maiores de idade.
“As duas meninas só apanharam, hora nenhuma elas avançaram nas mais velhas. A escola até agora não falou nada”, desabafou.
Boletim de ocorrências da PM divulgado nesta quarta 17/4
Conforme boletim de ocorrências, a PM foi acionada para comparecer no bairro Aeroporto, a fim de atender uma briga entre alunos, em uma escola.
Chegando no endereço a PM fez contato com os envolvidos: uma menor, 15 anos, vítima, relatou que vem sofrendo importunações constantes de duas menores (ambas 14 anos), por motivos de ciúmes, em virtude de um amigo em comum com as três.
Nessa terça-feira 16/4, a menor alega que a outra menor de 14 anos a empurrou no pátio, que começou uma briga.
Já de acordo com mulher de 29 anos, encontrava com sua mãe e sua irmã para uma reunião para tratar sobre a situação das menores; que ao presenciar a briga, interviu com a finalidade de separar as envolvidas, onde houve puxões de cabelos recíprocos.
Segundo a mulher de 48 anos, encontrava-se para uma reunião, quando viu duas menores empurrarem sua filha (ambas 14 anos); e nesse momento interviu na situação, impedindo que elas continuassem as agressões; e que nesse instante, sofreu um puxão de cabelo da menor de 15 anos. Frisou que a mulher, 29 anos, responsável pela menor de 14 anos, dizia a todo instante: “eu vou te pegar, isso não vai ficar assim, vou pegar uma por uma”.
Conforme relato da menor, 15 anos, nessa data, tendo em vista o atrito entre as menores, sofreu um empurrão, vindo a cair no solo.
Tendo em vista que a menor de 15 anos apresentava um corte do lado interno da boca, foi levada ao Hospital.
Diante dos fatos, as partes foram conduzidas para Delegacia de Polícia Civil, onde a ocorrência foi finalizada.
Posição da Secretaria de Estado de Educação
Por meio de nota, o governo de Minas se manifestou sobre o episódio.
“Sobre o ocorrido na Escola Estadual Professora Geralda Magela Leão de Melo, em Itaúna, na terça-feira (16/4), a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) esclarece que a direção da unidade escolar agiu prontamente, intervindo e acionando a Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG), que chegou rapidamente ao local.
A SEE/MG esclarece que as agressões foram iniciadas pelas responsáveis por uma estudante matriculada na unidade de ensino e que estavam nas dependências da escola no momento. Um boletim de ocorrência foi registrado e a direção escolar colabora com as autoridades competentes para que as agressoras sejam responsabilizadas.
É importante esclarecer também que, no momento da confusão, uma estudante apresentou um mal súbito, mas retomou a consciência em seguida, não procedendo a informação de que a estudante teria convulsionado. Por solicitação de seu responsável, foi providenciado o pedido de transferência desta estudante para outra unidade da rede de ensino estadual.
A Superintendência Regional de Ensino de Divinópolis, responsável pela coordenação da escola, acompanha a situação e uma equipe do Serviço de Inspeção Escolar já está no local nesta quarta-feira (17/4) para as devidas medidas que visam contribuir para a melhoria do clima escolar.
Sobre as outras estudantes envolvidas, o Conselho Tutelar do município foi acionado para participar das reuniões da direção com os responsáveis, separadamente. As estudantes também serão remanejadas para outras turmas como medida da precaução.
Profissionais do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), formado por uma equipe de psicólogos e assistentes sociais, foram acionados para acompanhar a situação e realizarem ações de apoio e diálogo no combate a atos ou discursos de violência, incompatíveis com o ambiente escolar.
Por fim, é importante esclarecer que a averiguação dos fatos no âmbito criminal cabe às autoridades competentes”.
*Com informações Itatiaia