Campanha de vacinação contra a febre aftosa

1/05/2015 | Minas Gerais

vacina contra aftosa

 

Começa, nesta sexta-feira (1º/5), em Minas Gerais, a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa.  A expectativa do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é de que todo o rebanho, estimado em 23,5 milhões de bovinos e bubalinos, seja imunizado em todo o estado, até o dia 31 de maio. A vacinação é a única forma de proteger os animais contra a doença e deve ser feita duas vezes ao ano, em maio e em novembro. Nesta primeira etapa, os animais de todas as idades devem ser imunizados.

Minas Gerais é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa com vacinação. Segundo o fiscal agropecuário do IMA, Sérgio Luiz Lima Monteiro, a manutenção desse status é fundamental para os produtores e toda a cadeia produtiva da carne, leite e derivados. “Caso ocorra o aparecimento de focos da doença no país é disparado um alerta internacional, que faz com que os países importadores acionem as barreiras sanitárias e suspendam a compra de todos produtos de origem animal (animais vivos e produtos processados)”, explica.

Para se ter uma ideia do impacto econômico que um rebanho doente pode trazer ao estado, dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e analisados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) mostram que o conjunto de produtos cárneos (bovino, frango, suíno e peru) somou US$ 974,6 milhões no ano passado, representando 12{4f38b4b7d8b4b299132941acfb1d57d271347fbd28c4ac4a2917fcb5fee07f0b} do total de exportações do agronegócio mineiro. No caso de um embargo internacional, os demais produtos da pecuária também ficam prejudicados e não somente a bovinocultura.

O prejuízo para os pecuaristas não se restringe apenas ao bloqueio das exportações e queda imediata de seu faturamento. No caso da doença atingir o rebanho é necessário o sacrifício, tanto dos animais infectados como daqueles que tiveram contato com os animais doentes.

O diretor-geral do IMA, Márcio Botelho, reforça a importância de se manter o rebanho vacinado para a geração de divisas – por meio das exportações de produtos cárneos – para a economia mineira e brasileira. “É importante ressaltar também que ao longo dos anos os produtores têm garantido a vacinação dos animais e, com isso, dão uma importante contribuição para o agronegócio de Minas e do Brasil”, diz.

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