Foram encaminhados para a Penitenciária Doutor Pio Canedo, em Pará de Minas, a mãe de 20 anos e o padrasto de 30, suspeitos de maus-tratos e violência contra a pequena Maria Flor, de apenas 1 ano e 2 meses, em Papagaios, na segunda-feira de Natal 25/12.
A bebe chegou a ser internada em estado grave, no Hospital João XXIII, mas não resistiu e faleceu no final da noite da última terça-feira 26/12.
Os suspeitos de terem agredido a vítima, haviam sido ouvidos na delegacia e liberados em seguida por falta de provas e conclusão. Os mesmos haviam negado as agressões.
Na data dos fatos, a PM foi acionada até o Hospital de Papagaios, pelos médicos, que, ao notarem ferimentos suspeitos, acionaram também o Conselho Tutelar da cidade, que já acompanhava a família.
Ainda conforme relatório, os médicos citaram marcas e hematomas preexistentes, além de um ferimento na cabeça, que seria o mais recente e que teria causado a situação suspeita.
Exames apontaram que a vítima sofreu “traumatismo craniano, com afundamento parietal do lado direito, trauma de tórax, trauma abdominal e hematomas bilaterais de orelha, abaixo do queixo e em outros locais.
O Delegado Thiago Saraiva detalhou a prisão dos suspeitos, cumprida na tarde de 27/12, em Pará de Minas, onde eles estavam após a divulgação do caso.
Thiago Saraiva concedeu entrevista coletiva da Delegacia Regional de Pará de Minas no dia 28/12 e repassou novas informações do caso.
O padrasto da menina tinha passagens criminais e cumpria pena em regime semiaberto pelo crime de latrocínio e era monitorado por tornozeleira eletrônica, como confirma o delegado.
O casal estava junto há seis meses. A mulher tem outros três filhos, que estão sendo cuidados por familiares. A família já era acompanhada pelo Conselho Tutelar, que constantemente recebia denúncias de que as crianças estariam abandonadas e sem receber os devidos cuidados.
O caso gerou muita revolta
O caso gerou muita revolta na cidade de Papagaios, onde moradores se mobilizaram por “justiça” na Praça da Matriz de São Sebastião, no Centro da cidade.
O velório e o sepultamento da menina foi marcado por muita comoção por parte de familiares e populares. Também houve uma pequena confusão no local, já que pessoas queriam tirar fotos e filmar o corpo de Maria Flor, além de colocarem cartazes de protesto próximo ao caixão dela, cobrando por justiça.
A Polícia Militar conteve a situação.
*Com informações JC Noticias