Oito casos suspeitos da varíola dos macacos são investigados em cidades do Centro-Oeste de Minas, conforme atualização divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta sexta-feira 05/8.
Ao todo, são 11 notificações na região. O primeiro caso da doença na região foi confirmado em Bom Despacho.
As cidades em que os casos são investigados são: Bom Despacho, Divinópolis, Itaúna, Nova Serrana, Pará de Minas, Pompéu e Santo Antônio do Monte.
1º caso confirmado no Centro-Oeste
A Prefeitura de Bom Despacho divulgou na quarta-feira (3) que o caso suspeito investigado na cidade teve resultado positivo para a doença. Desde semana passada a Secretaria de Saúde do município acompanha o paciente de 42 anos. É o primeiro caso confirmado da doença no Centro-Oeste de Minas.
O homem está estável e em isolamento domiciliar e as equipes de saúde seguem monitorando o caso.
Situação no estado
Até as 14h desta sexta-feira, 81 casos da doença foram confirmados em Minas Gerais. Outros 158 casos foram descartados, 291 são suspeitos e 2 casos foram classificados como provável.Um caso confirmado para Monkeypox que estava em acompanhamento hospitalar para monitoramento de outras condições clinicas graves evoluiu para óbito no dia 28 de julho. Trata-se de um paciente de 41 anos, do sexo masculino, residente em Belo Horizonte e natural de Pará de Minas.
A SES-MG informa que, até o momento, os demais casos confirmados são todos do sexo masculino, com idades entre 21 e 55 anos, em boas condições clínicas. A SES-MG informa ainda que foi notificada na segunda-feira (1º) de um caso suspeito da doença em uma criança com 1 ano e 6 meses de idade, residente no município de Contagem. No entanto, após avaliação, foi observado que o paciente não atendia aos critérios de definição de caso.
Ainda de acordo com a pasta, demais dados quanto aos casos não serão divulgados para preservar a privacidade e individualidade dos pacientes, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP).
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
- Por contato com o vírus – com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas;
- De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais;
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto por meio da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
Casos na região
Cidade | Suspeito | Confirmado | Descartado | Notificações |
Bom Despacho | 1 | 1 | – | 2 |
Divinópolis | 2 | – | – | 2 |
Itaúna | 1 | – | – | 1 |
Nova Serrana | 1 | – | – | 1 |
Papagaios | – | – | 1 (mora fora do país) | 1 |
Pará de Minas | 1 | – | 1 | 2 |
Pompéu | 1 | – | – | 1 |
Santo Antônio do Monte | 1 | – | – | 1 |