Cemig: funcionários e empresários são investigados

30/08/2022 | Minas Gerais

 

Policiais e promotores se preparam para o cumprimento dos mandados – Foto MPMG / Divulgação

 

 

Uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) realizada na manhã desta terça-feira (30) teve como alvo funcionários da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e empresários que estariam se favorecendo através de um esquema de corrupção dentro da companhia energética. Na ação foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 132 milhões dos suspeitos.

 

A operação, batizada de ‘Mau Contato’, apura desvios que teriam ocorrido durante a compra de equipamentos como cabos condutores e outros materiais elétricos por parte da Cemig. A investigação apurou que, ao longo de quase dois anos, os suspeitos agiram para favorecer alguns fornecedores que chegaram a enviar materiais estragados para a companhia.

 

Os nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Belo Horizonte, Sarzedo, na região Metropolitana da capital, além das cidades de Campinas e Ribeiro Preto, no interior de São Paulo. Segundo o promotor de justiça Marcelo Schirmer, foram apreendidos pen-drives, celulares, computadores e uma série de documentos.

 

“As investigações ainda são sigilosas, mas identificados fraudes nos contratos de compra de materiais de má qualidade, que colocavam em risco a qualidade e a segurança do fornecimento de energia. Com a apreensão, vamos periciar os documentos e dar continuidade à investigação”, disse.

 

Ainda de acordo com o promotor, os mandados foram contra servidores da Cemig e a uma empresa, que, segundo a apuração ds reportagem de O Tempo, está lotada na cidade de Ribeirão Preto

 

Para o Ministério Público, a utilização destes equipamentos gerou riscos à qualidade, desempenho e segurança da prestação de serviços e dos usuários, além de prejuízos financeiros. O objetivo da ação desta terça-feira foi complementar as provas já coletadas e aprofundar a apuração de outros crimes contra a administração pública e financeiros que possam ter ocorrido neste mesmo esquema.

 

Cemig ajudou nas investigações

 

O inquérito sobre o caso foi instaurado a partir de uma investigação interna da própria Cemig, concluída ao final de 2020. A apuração resultou no afastamento de dirigentes e empregados da companhia, além de rescisões de contratos com fornecedores – parte deles, agora, alvos da investigação conduzida pelo MPMG.

 

Além do Ministério Público de Minas Gerais, também participaram da ação o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), as Polícias Civis de Minas Gerais e de São Paulo e a Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais.

 

A Cemig foi procurada pela reportagem para comentar a operação, mas ainda não respondeu. O espaço segue em aberto.

 

Por o Tempo 

 

 

 

 

 

 

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