
Nova Serrana tem a população mais jovem de Minas Gerais – Foto Divulgação Prefeitura Nova Serrana
A cidade de Nova Serrana aqui no Centro-Oeste de Minas, tem a população mais jovem de Minas Gerais e Estrela do Indaiá tem a mais velha, conforme novos resultados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira 27/10.
Índice de envelhecimento
O índice de envelhecimento mostra a relação de idosos de 65 anos ou mais de idade em relação à população de 0 a 14 anos.
Quanto maior o valor do indicador, mais envelhecida é a população. Esse índice chegou a 68,6 em 2022 para Minas Gerais, indicando haver 68,6 idosos para cada 100 crianças.
Em 2010 esse índice era de 36,3, evidenciando o processo de envelhecimento da população na Unidade da Federação.
Municípios com maiores índices de envelhecimento
Cidade | Índice de envelhecimento |
Estrela do Indaiá | 175,8 |
Antônio Prado de Minas | 164,8 |
Sem-Peixe | 164,3 |
Senador José Bento | 164,2 |
Biquinhas | 157,2 |
Municípios com menor índice de envelhecimento
Cidade | Índice de envelhecimento |
Nova Serrana | 21,2 |
São João das Missões | 23,9 |
Delta | 28,1 |
Jaíba | 29,3 |
Verdelândia | 32,1 |
Brasil
De acordo com dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira, a quantidade de idosos no Brasil mais do que dobrou de 1980 para cá. Naquela época, a proporção de pessoas com 65 anos ou mais entre a população geral era de 4%. No ano passado chegou a 10,9%. Por outro lado, houve diminuição da população de até 14 anos: de 32% para 20% do total de habitantes.
Com isso, o índice de envelhecimento do Brasil chegou a 55,2 em 2022. Isso significa que há 55,2 idosos para cada 100 crianças de 0 a 14 anos. Em 2010, essa medição era de 30,7.
O Rio Grande do Sul é o estado que concentra os nove municípios com a população mais longeva do país. Nessa unidade da federação, as pessoas com 65 anos ou mais representam 14% da população. Já a menor proporção foi encontrada em Roraima, com 5,1%:
Outro índice apurado foi a idade mediana, que é o número que separa a metade mais jovem da metade mais velha da população. Desde 2010 essa idade aumentou 6 anos, chegando a 35 anos em 2022. A pesquisadora do IBGE, Izabel Guimarães, analisa esse aumento, que é observado especialmente em cidades com menos de cinco mil habitantes.
Já a divisão por gênero da nossa população, mostra que o Brasil tem atualmente 51,5% de mulheres e 48,5% de homens. Isso representa seis milhões de brasileiras a mais. O IBGE também calcula a razão de sexo que representa o número de homens em relação a um grupo de 100 mulheres.
Desde 1980, a razão brasileira diminuiu de 98 para 94 homens para cada 100 mulheres. Mas isso varia conforme a idade. Há maior proporção de homens do nascimento até os 24 anos. Mas a partir do grupo etário de 25 a 29 anos, há uma maior proporção de mulheres na população. Izabel Guimarães explica os fatores que influenciam nessa diminuição
O Censo também identificou que a proporção de homens diminui à medida que aumenta o porte populacional dos municípios.
Nos municípios com até 5 mil habitantes, há 102,3 homens para cada 100 mulheres, mas nos municípios com mais de 500 mil moradores a proporção cai para 88,9.
*Com informações da Agência Brasil e G1