Com quase 33 mil infectados, Minas supera 800 mortes

25/06/2020 | Minas Gerais

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Com a aproximação do pico da pandemia de coronavírus em Minas Gerais estimado para acontecer em 14 de julho, o Estado acompanha dia-a-dia o crescimento da lista de cidades que têm casos confirmados da doença. Boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) publicado nesta quinta-feira (25) aponta que a Covid-19 ataca moradores de 652 municípios de Minas Gerais, ou seja, cerca de 76% dos 853 aqui existentes.

O cenário preocupa no interior e em algumas regiões como no Vale do Aço e no Triângulo Mineiro. São lugares onde cidades importantes estão à beira do colapso do sistema público de saúde, entre elas Ipatinga que não tem mais leitos de UTI para receber moradores infectados e Uberlândia onde a taxa de ocupação dos leitos da rede municipal está em 97%. Estatística de hospitalização apresentada pela Saúde aponta que mais de 4.000 pessoas precisaram de internação nas redes pública ou particular após serem infectadas.

O balanço epidemiológico mais recente também indica um aumento na quantidade de mineiros e moradores do Estado que testam positivo para a Covid-19. Entre quarta-feira (25) e esta manhã, novos 1.426 casos foram somados à lista de confirmados em Minas Gerais que, agora, contabiliza 32.769 infectados. O número de óbitos também aumentou para 806 pessoas – eram 771 óbitos na quarta-feira, dia em que aconteceu recorde de novas mortes confirmadas pela pasta.

 

Óbitos

Trinta e cinco mortes. Entre elas, principalmente uma desperta atenção e reforça o alerta: um jovem de 21 anos, sem quaisquer comorbidades, morreu na segunda-feira (22) em Camanducaia, no Sul de Minas, com diagnóstico de Covid-19. Os outros óbitos que constam no relatório são de pacientes que tinham histórico prévio de doenças que podem ter aumentado o risco de morte. As comorbidades mais comuns entre pacientes que não resistem à infecção são hipertensão, doença cardiovascular e diabetes.

Eles tinham idades entre 37 e 94 anos e faleceram no período compreendido entre os dias 20 de maio e 23 de junho. Três deles viviam em Teófilo Otoni, três em Uberlândia, três em Betim, dois em Mar de Espanha, dois em Ribeirão das Neves e outros dois em Ipatinga. As outras mortes aconteceram em Unaí, Poté, Frutal, Itambacuri, Caparaó, Belo Horizonte, Contagem, Poços de Caldas, Jacutinga, Campanha, Rio Manso, Esmeraldas, Ibirité, Sabará, São João da Ponte, Uberaba, Monte Alegre de Minas, Bom Jesus do Galho, Santana do Paraíso e Coronel Fabriciano.

 

Belo Horizonte

A capital mineira é a cidade que concentra a maior quantidade de óbitos em Minas Gerais. Cento e seis moradores de BH morreram após serem infectados. A quantidade de pessoas que testaram positivo para Covid-19 na cidade também é alta, são 4.836 infectados.

Uma preocupação do município é que a taxa de ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria destinados a tratamento de pacientes com coronavírus cresceu desde a reabertura do comércio, sobre a qual paira a ameaça de lockdown que pode ser decretado nesta sexta-feira (26).

Por O Tempo

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