O segundo caso da varíola dos macacos no Centro-Oeste de Minas foi confirmado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES- MG) nesta segunda-feira (22). Desta vez, o registro foi em Nova Serrana; o primeiro caso na região foi confirmado em Bom Despacho.
Primeiro caso confirmado
O primeiro caso foi confirmado em Bom Despacho no dia 3 deste mês. O resultado positivo foi divulgado pela Prefeitura. Em nota, a SES-MG confirmou o resultado positivo no município em um homem de 42 anos que era monitorado na ocasião.
Casos suspeitos na região
Pará de Minas foi a primeira cidade do Centro-Oeste de Minas a registrar um caso suspeito da doença, em junho. Entretanto, no dia 30 de junho a Secretaria Municipal de Saúde informou que o caso havia sido descartado. Apesar dessa informação, a SES-MG só oficializou o descarte no boletim do dia 16 de julho.
Um caso suspeito da doença também havia sido registrado no início de julho em Papagaios, mas foi descartado pela SES-MG. A pessoa reside em outro país, segundo o informativo.
Até o dia 3 de agosto, segundo a SES-MG, Pará de Minas e Nova Serrana tinham um caso em investigação cada. O registro de Nova Serrana foi confirmado.
Casos em Minas
Segundo o boletim da SES-MG, até o momento, são 206 casos de varíola dos macacos confirmados por exames laboratoriais pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Outros 514 casos foram descartados e há 486 em investigação.
A pasta informou que, o caso confirmado que estava em acompanhamento hospitalar para monitoramento de outras condições clínicas graves evoluiu para óbito no dia 28 do mês passado. Era um paciente de 41 anos, do sexo masculino, residente em Belo Horizonte e natural de Pará de Minas.
Até o momento, há um caso de gestante confirmado. A paciente tem 26 anos e está em monitoramento domiciliar. O restante dos casos confirmados é do sexo masculino, com idade entre 21 e 61 anos. Um paciente confirmado para a doença segue em internação hospitalar por necessidades clínicas.
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
- Por contato com o vírus – com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas;
- De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais;
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto por meio da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
Sobe para 216 o número de casos de varíola dos macacos em Minas