Corpo de Ana Clara é encontrado em área rural e sepultado neste sábado

19/11/2016 | Itaúna

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Corpo da menina Ana Clara, 5, chega a Carmo da Mata para velório (Foto: Thiago Carvalho/G1)

Corpo de Ana Clara é encontrado em área rural de Carmo da Mata e sepultado neste sábado

Do G1

Foi encontrado no fim da tarde desta sexta-feira (19) o corpo da menina Ana Clara Pereira Gonçalves, de cinco anos, que desapareceu há sete dias em Carmo da Mata. Policiais civis localizaram o corpo em um terreno conhecido como “Matinha do São Bento”, no povoado de São Bento, perto da BR-494, após seguirem pistas fornecidas pelo padrasto dela, de 27 anos, que está preso como principal suspeito do crime. Um exame de necropsia deverá apontar a forma como a criança foi morta e se ela sofreu ou não abuso sexual.

De acordo com as primeiras informações fornecidas pelos investigadores, o corpo estava perto de uma plantação, enterrado em cova rasa.

A região chegou a ser visitada pelos investigadores na quarta-feira (16), quando uma multidão se reuniu em frente à delegacia de Carmo da Mata em busca de informações sobre as buscas pela menina, em locais que o padrasto dela, principal suspeito do crime, havia apontado. Ele teve prisão preventiva decretada está detido em Campo Belo, a 77 quilômetros de Carmo da Mata.

 Local onde o corpo de Ana Clara Pereira Gonçalves foi encontrado (Foto: Thiago Carvalho/G1)

Local onde o corpo de Ana Clara Pereira Gonçalves foi encontrado (Foto: Thiago Carvalho/G1)

 

Peritos técnicos colheram informações no local. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Campo Belo. O exame de necropsia deverá apontar se a criança teria ou não sofrido abuso sexual.

 

Sepultamento de Ana Clara

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O corpo da menina Ana Clara Pereira Gonçalves, de cinco anos, chegou por volta das 13h40 a Carmo da Mata, após ser examinado no Instituto Médico Legal (IML) de Campo Belo. A criança foi achada morta durante a tarde sexta-feira (18) em uma área rural. O padrasto dela, de 27 anos, principal suspeito do sumiço e da morte da enteada, declarou à Polícia Civil que o fato foi “acidental”.

De acordo com informações apuradas com a Funerária Nossa Senhora do Carmo, o velório de Ana Clara foi feito com o caixão lacrado, por causa do avançado estado de decomposição com que o corpo foi encontrado.

Parentes e amigos mais próximos a Ana Clara foram os primeiros autorizados a entrar no salão onde a cerimônia acontece. Eles tiveram cerca de 15 minutos a sós no local. Só depois é que outras pessoas puderam entrar.

A mãe de Ana Clara chorou bastante e por várias vezes precisou ser amparada. O enterro da menina foi marcado para ocorrer às 15h30, em Carmo da Mata. Centenas de pessoas passaram pelo velório. Apenas equipes de reportagem foram proibidas de acompanhar.

O padrasto de Ana Clara Pereira Gonçalves, principal suspeito do desaparecimento e da morte da menina de cinco anos em Carmo da Mata, disse em depoimento que a morte foi “acidental”. A informação foi divulgada na manhã deste sábado (19) pela Polícia Civil de Minas Gerais.

A investigação

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Delegado Douglas Camarano liderou equipe que encontrou corpo (Foto: Ricardo Welbert/G1)

O delegado de Polícia Civil de Carmo da Mata, Egmar Geraldo da Silva, disse  que não tem autorização para informar sobre detalhes da investigação, como os possíveis motivos do crime. Ele disse ainda que todas as informações oficiais deverão ser divulgadas por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil, em Belo Horizonte.

O sumiço
Ana Clara desapareceu por volta das 15h do dia 12 de novembro. Ela estava em casa com a mãe, o irmão mais novo e o padrasto. “Ela tinha me pedido para deixá-la ir brincar na casa de uma coleguinha e eu disse que não porque a mãe da colega eu não sabia se estava em casa ou se iria sair. Ela se sentou e ficou emburrada porque eu não a deixei sair. Foi o último momento em que eu a vi, pois fui lavar roupa”, disse a mãe Marciana Pereira Cruz.

 Local onde o corpo de Ana Clara Pereira foi encontrado (Foto: Thiago Carvalho/G1

Local onde o corpo de Ana Clara Pereira foi encontrado (Foto: Thiago Carvalho/G1

 

Após a descoberta do sumiço da criança, Marciana e o companheiro foram levados à delegacia de Polícia Civil. O delegado percebeu algumas contradições no depoimento prestado pelo jovem. Por causa disso, ele foi preso temporariamente.

Câmeras de segurança instaladas na rua da casa da garota registraram o momento em que o carro do padrasto passou na rua no horário em que a mãe afirma que a filha teria desaparecido.

 

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População aguardou em frente a delegacia em Carmo da Mata (Foto: Ricardo Welbert/G1)

 

 

 

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