A Polícia Civil investiga o caso de um menino de dois anos de idade que deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pará de Minas, na sexta-feira 15/11, com o intestino rompido.
Três pessoas, incluindo o responsável por uma casa religiosa onde a criança estava e a mãe do garoto, foram presos.
De acordo com a Polícia Militar, o responsável pelo espaço religioso alegou que o menino tinha caído de um banco. Os resultados de laudos periciais são aguardados pela Polícia Civil.
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Segundo a PM, na manhã de sexta-feira, a criança deu entrada na UPA com diagnóstico de trauma e hematomas, avaliados como graves. Em avaliação inicial, a equipe médica identificou que o garoto apresentava um rompimento do intestino.
Devido à gravidade do quadro, o menino foi transferido para o Complexo de Saúde São João de Deus em Divinópolis.
Ao longo do dia e madrugada de sábado 16/11, a PM realizou diligências e foi até um imóvel no Bairro Santos Dumont, onde funciona um terreiro de umbanda, pois a criança esteve no local antes de dar entrada na UPA.
Um homem, que se apresentou como responsável pela casa religiosa, contou que o menino de dois anos e o irmão de três anos tinham sido deixados no imóvel pela mãe, no dia 8 de novembro. Também contou que as crianças têm o hábito de ficar no local e que elas e a mãe já moraram no imóvel por cerca de três meses.
Ainda de acordo com a PM, o homem disse que o menino de dois anos tinha caído de um banco que fica no quintal da casa. E que isso teria ocorrido entre 18h e 19h de quinta-feira 14/11. Ele também contou que verificou os ferimentos no garoto e não achou ser nada grave, dando banho e colocando-o para dormir. Na manhã de sexta-feira, ele percebeu que o menino não estava bem e fez contato com a mãe, que levou a criança até a UPA.
O homem e uma outra pessoa que estava no imóvel foram detidos e negaram quaisquer tipo de abuso ou agressão contra a criança.
Conforme a PM, a mãe da criança disse que tinha deixado os filhos no imóvel na noite de terça feira 12/11, pois teria que realizar uma consulta médica. Ela também foi detida.