Cruzeiro cederá espaço na camisa para expor realidade das mulheres

8/03/2017 | Esportes, Minas Gerais

Por: Site Oficial do Cruzeiro

 

Na última quinta, o volante Henrique precisou de aproximadamente 33 minutos para abrir o placar na vitória cruzeirense, por 2 a 1, sobre a Caldense. O tempo até o gol pode parecer uma eternidade para o torcedor, mas é suficiente para que três mulheres sofram estupro no país. De olho nesta e em outras realidades femininas, o Cruzeiro irá propor uma importante reflexão no duelo contra o Murici-AL, na noite desta quarta-feira, no Dia Internacional da Mulher.

Em parceria com a Umbro e a Agência New360, o Maior de Minas irá estampar, na numeração dos jogadores, estatísticas colhidas pela ONG Azminas (que luta pelo empoderamento feminino) que ilustram o difícil cotidiano das mulheres no Brasil. Presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares destaca que ações como esta expõe a importância dada pelo Clube aos mais variados contextos sociais.

“O Cruzeiro Esporte Clube tem participado de diversas campanhas contra qualquer tipo de preconceito. Em pleno século XXI, não é tolerável ver as mulheres sofrerem atos de violência e discriminação. Com esta ação, nos juntamos a todos que combatem as desigualdades contra pessoas do sexo feminino. Esse é um dos papeis sociais que os clubes de grandes torcidas precisam sempre estar desenvolvendo”, ressaltou o mandatário celeste.

Diretora institucional da ONG Azmina, Letícia Bahia enaltece a ação e destaque o impacto da mesma no fortalecimento da luta pelos direitos das mulheres. “Muita gente pensa que a luta pelos direitos das mulheres não faz mais sentido. Mas os dados que os jogadores vão exibir mostram o quanto essa questão segue sendo atual”, salientou.

Além dos dados referentes às desigualdades e violência sofridas pelas mulheres, a ação desta quarta-feira também apresentará outro viés extremamente relevante. Conforme salienta Marcone Barbosa, diretor de marketing da Raposa, a iniciativa também servirá como terreno de conscientização de importantes questões como a depressão pós-parto.

“O Dia Internacional da Mulher não é um momento apenas de trazer à tona toda a característica de desigualdade que ainda existe no Brasil e no mundo, mas também é um momento de conscientização de outros aspectos relacionados à mulher. Alguns dos números que vamos destacar têm a ver com o cuidado da mulher com a saúde, com o próprio corpo. É importante a gente ter um momento desse, onde você pode trazer à tona assuntos tão importantes e relacionados à mulher”, destacou o dirigente cruzeirense.

 

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