Delegado de Carmo da Mata critica boatos sobre caso Ana Clara
Do G1
O delegado Douglas Camarano de Castro, que investiga o desaparecimento da menina Ana Clara Pereira Gonçalves, de cinco anos, em Carmo da Mata, divulgou nesta quinta-feira (17) uma nota na qual faz um desabafo e um apelo à população. Ele disse que as apurações sobre o caso prosseguem e pediu que as pessoas não compartilhem boatos sobre o caso.
A investigação do caso ainda não conseguiu encontrar evidências sobre algum possível local onde Ana Clara possa estar. O delegado teme que a divulgação de mentiras dificulte a localização. “Mentiras publicadas nas redes sociais têm atrapalhado o nosso trabalho, sobretudo no tocante à acusação de pessoas inocentes”, afirmou.
Mensagem do delegado Douglas Camarano de Castro sobre o caso Ana Clara divulgada no WhatsApp
A mensagem de Douglas Camarano foi compartilhada em grupos criados no aplicativo WhatsApp. “Solicito à população carmense que tenha paciência no caso da Ana Clara. Nós policiais, como toda a população de Carmo da Mata, também queremos Justiça nesse caso”, disse.
Nesta quinta-feira (17) o delegado confirmou a veracidade da mensagem e disse que enviaria um e-mail com acréscimos ao texto. Até o fechamento desta reportagem o novo conteúdo não havia sido recebido.
“A população deve ignorar e desprezar o que vem sendo divulgado nas redes sociais, porque são muitos boatos infundados que são apenas especulações. Se quiserem confirmar a veracidade de algo, que acompanhem as divulgações feitas pelos meios de comunicação da imprensa, cujas informações são muito mais fidedignas e seguras”, finalizou Douglas Camarano.
Desaparecimento
Ana Clara desapareceu por volta das 15h do dia 12 de novembro. Ela estava em casa com a mãe, o irmão mais novo e o padrasto. “Ela tinha me pedido para deixá-la ir brincar na casa de uma coleguinha e eu disse que não porque a mãe da colega eu não sabia se estava em casa ou se iria sair. Ela se sentou e ficou emburrada porque eu não a deixei sair. Foi o último momento em que eu a vi, pois fui lavar roupa”, disse a mãe Marciana Pereira Cruz.
Após a descoberta do sumiço da criança, Marciana e o companheiro foram levados à delegacia de Polícia Civil. O delegado percebeu algumas contradições no depoimento prestado pelo jovem. Por causa disso, ele foi preso temporariamente.
Câmeras de segurança instaladas na rua da casa da garota registraram o momento em que o carro do padrasto passou na rua no horário em que a mãe afirma que a filha teria desaparecido.