Alisson Eustáquio*
Um dos meios mais importantes e mais marcantes da comunicação no Brasil homenageia os seus profissionais nesta quarta-feira, 7 de novembro, data em que é comemorado o Dia do Radialista no país.
A data foi estabelecida após decreto do presidente Lula em 2006 em homenagem ao compositor, músico e radialista Ary Barroso, nascido em 7 de novembro e falecido em 9 de fevereiro.
Levantamento realizado pelo Ibope em 2016 mostra que o rádio ocupa a terceira posição entre os meios de comunicação mais usados pela população para se informar. Com o passar dos anos, o rádio e os seus profissionais precisaram se adaptar às tecnologias e ao público.
Em conversa com o Jornalismo Santana FM o radialista Hamilton Pereira disse que está nesse meio desde a década de 80.
“Eu estou em rádio desde a década de 80. Mais precisamente em 85. Naquela época antes de ser radialista, nós já trabalhávamos com som, músicas, cometa som, máster som, então surgiu a rádio Clube que já está a tanto tempo na cidade. Eu entrei lá, treinei durante mais ou menos 3 dias. Quem me treinou lá foi o Brisa. O diretor na época era o Marcos Vinícius. E a gente começou a treinar, naquela época tocava músicas verdadeiras, com enredo, arranjo e de lá pra cá a gente trabalhou só em rádio FM. Fiz algumas coisas na rádio AM, mas a maioria das vezes foi só FM”, disse Hamilton.
O radialista ainda fala sobre a chegada da tecnologia nas rádios.
“É muito prazeroso, no dia a dia é um sacrifício estar trabalhando, tem os horários a poder cumprir. É uma satisfação também depois que a gente conseguiu a liberação total da rádio Santana, que hoje é a emissora em primeiro lugar de audiência e a gente se dá muito pelo veículo rádio. A rádio não funciona sem o radialista. Mais ou menos nos anos 90 começou a chegar os computadores nas rádios. Naquela época eu pensei: “Meu Deus o computador vai pegar o lugar do locutor”. Mas não, isso se tornou uma parceria. Hoje todas as emissoras de rádio têm computadores, novos equipamentos, uma coisa bem elaborada. O rádio no Brasil é bom, funciona do jeito que tem que funcionar”, comentou o radialista.
Hamilton destaca que em todas as profissões tem dificuldades.
“Olha, todo trabalho tem dificuldade. Qualquer empresa que você for trabalhar. Mas se você der o coração para aquilo que você gosta, não há dificuldade. O ser humano as vezes coloca muito empecilho na própria vida pra poder ter a dificuldade. Ele mesmo que faz as suas dificuldades. Ele tem que cumprir o seu horário, o pessoal gosta de ouvir músicas, ser cordial com o ouvinte, tocar aquilo que o ouvinte gosta. Eu no meu modo de pensar, sou da década de 80, eu particularmente gosto das músicas flashbacks dos anos 70, 80 e 90, tanto as nacionais como as internacionais. Não desfazendo das outras, mas as que fez sucesso e o pessoal gosta mais é essas antigas mesmo”, conclui Ferreira.
*Estagiário supervisionado por Paloma Guimarães