Chegou a festa Momesca, festa da carne e do pecado, da folia, da alegria, da irreverência. Chegou a maior festa popular brasileira que contagia de norte a sul de leste a oeste, cada canto do pais. É no carnaval que se liberam literalmente todas as fantasias, onde as máscaras revelam ou escondem verdades e segredos de cada folião. Carnaval da massa popular que se espreme, se empurra, se agarra e se deixa levar nos cordões dos blocos e ao som dos carros de som. Carnaval de alegorias, de passos e samba no pé. Carnaval da morena, da mulata, da loirinha, do branco e do negro, de todas as raças, nacionais e estrangeiras, das raízes de uma cultura e da história de um povo. Carnaval para muitos é mais uma festa de ano novo, afinal para tudo que se pergunta antes dele, sempre tem um que diz, deixa passar o carnaval é depois dele que para muitos o ano começa, que o país trabalha mesmo com uma baita de uma ressaca.
E porque aqui não é diferente, o ponta pé inicial foi dado nessa quinta-feira, onde o mais tradicional bloco de rua e popular da cidade o PAU DE GAIOLA, mais uma vez fez jus a sua tradição e congraçou em campo aberto uma centena de foliões que dançaram cantaram, brincaram, abraçaram-se e beijaram-se ao som do som alto e agitado do carro de som que chamava todo mundo para a rua. Desde foliões a curiosos que saíram com amigos e filhos, se não para cair na folia, apenas para apreciar os marmanjos experimentando a sensação de se tornarem ELAS por uma noite, com vestidos, brincos, maquiagens extravagantes, sapatos altos e adereços do universo feminino, ELES que já se consideram realmente ELAS, então é que aproveitaram mesmo para esbanjar seu charme particular no desejo de encantar ELES que ainda são ELES. E as meninas de verdade, também não deixaram para trás e transvestidas de homem, também caíram na folia. Enfim uma festa só, com direito a grupinhos organizados de marmanjos bailarinas e outros adereços, a festa está só começando, é hora de cair na folia.