O impostômetro apurou R$ 500 bi em impostos pagos – Foto Impostômetro/Divulgação
O Impostômetro, ferramenta da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que mede em tempo real a arrecadação de impostos, taxas e contribuições nas esferas federal, estadual e municipal, vai atingir a marca de R$ 500 bilhões nesta quinta-feira (23), às 16h01. Este ano, o montante será registrado com quatro dias de antecedência, comparado com 2022. Na ocasião, o montante bilionário foi atingido no dia 27 de fevereiro.
De acordo com a análise do economista da ACSP, Marcel Solimeo, houve crescimento na arrecadação em razão do aumento nos preços e inflação acumulada para o período. “A alta [de impostos] que tivemos aconteceu pelo aumento da inflação, que incide diretamente nos preços dos produtos e eleva a arrecadação”, explica Solimeo.
Situação pode ser amenizada. O governo federal prepara a atualização da faixa de isenção da tabela do Imposto de Renda, o que fará com 13,7 milhões de contribuintes não precisem pagar imposto. A faixa de isenção deverá subir dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 2.112 a partir de maio, mas quem ganha até R$ 2.640 não pagará IR.
O reajuste é de 10,92% e não deverá atingir as demais faixas da tabela, mas o fisco prepara uma dedução simplificada fixa de R$ 528 que deverá zerar o imposto a pagar de contribuintes que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.640, já considerando o reajuste do piso) e diminuir o IR de quem tem renda tributável entre R$ 2.640,01 e R$ 5.000.
O que daria para fazer, aproximadamente, com R$ 500 bilhões
- Receber 10 salários mínimos por 4,5 milhões de anos
- Comprar 19,3 milhões de carro da marca Chery News QQ 1.0
- Aplicado na poupança, esse montante renderia aproximadamente R$ 4 milhões por hora