Trenzinho da Alegria BH – Foto/Arquivo Pessoal
Uma jovem de 23 anos morreu após cair de um “trenzinho” – veículo usado para passeios, geralmente, durante festas – na noite dessa quarta-feira (27). Ela e outros alunos do curso de Direito de uma faculdade particular contrataram o veículo como parte da comemoração da formatura.
No momento do acidente, havia cerca de 45 estudantes no trenzinho, também ocupado por seguranças e funcionários da empresa responsável por ele.
De acordo com o boletim de ocorrência, militares foram acionados na praça Diogo de Vasconcelos, próxima à avenida Getúlio Vargas. O motorista do veículo contou aos policiais que ouviu gritos para que parasse, uma vez que uma das participantes tinha caído na roda traseira do semireboque.
À equipe policial, testemunhas afirmaram que Larissa Crsitine Silva Maciel estava aparentemente alcoolizada quando se desentendeu com outra mulher por motivo não esclarecido. Conforme o registro policial, elas entraram em “vias de fato”, sendo que a desafeto desceu do Trenzinho.
Ao perceber que a outra mulher já estava na rua, a vítima tentou descer, quando um dos seguranças parou na frente dela pedindo para que não saísse, mas ele foi ignorado e agredido pela jovem. Esta versão foi confirmada por Mateus Viana Machado, responsável pelo veículo.
“Essa menina (a que sofreu o acidente) foi a que mais brincou com minha equipe, mais se divertiu durante a festa. Já no final, ela estava um pouco alterada e discutiu com uma colega. A menina que me contratou e eu decidimos separar as duas, cada uma em um vagão, e meus seguranças ficaram por perto. Nós estávamos parados na praça e, na hora de arrancar, uma terceira colega falou para Larissa que a outra estudante tinha quebrado o celular dela. Ela levantou, mas meu segurança não deixou ela descer. Ela deu um chute no segurança e se desequilibrou”, conta.
Segundo ele, tudo aconteceu em pouquíssimos segundos. “Os personagens tentaram puxá-la pelo pé mas, não deu tempo. A roda e a plataforma agarraram o cabelo dela”. Naquele momento, o trenzinho rodava em uma velocidade média de 10 km/h – máxima feita durante viagens com passageiros, segundo o proprietário da empresa.
Larissa cursava direito Foto – Reprodução Instagram
A jovem foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com Traumatismo Crânioencefálico (TCE) gravíssimo e trauma no tórax e encaminhada ao Hospital de Pronto Socorro João XXIII, mas não resistiu e morreu na manhã desta quinta-feira (28).A colega que teria se desentendido com a jovem não foi localizada.
Após ser submetido ao teste do bafômetro, que deu negativo para a ingestão de bebidas alcoólicas, o motorista seguiu para o Detran para prestar esclarecimentos. Ele está em choque, segundo o responsável pelo veículo. “Há 37 anos ele dirige esse trenzinho e nunca houve nenhum acidente. Nós temos os personagens que trabalham como seguranças, mais os seguranças e um coordenador, que sou eu. A gente está triste demais”, conclui Mateus.
Polícia apura o caso
Por meio da assessoria de imprensa, a Polícia Civil informou que um inquérito foi aberto para apurar o caso. O motorista, de 39 anos, foi ouvido e contou que estava parado no semáforo na praça da Savassi quando as pessoas começaram a gritar que havia uma menina embaixo do trenzinho. Ele disse que parou e viu que tinha mesmo atropelado Larissa. O homem foi ouvido e liberado.
As imagens das câmeras de segurança da região foram recolhidas e vão ajudar nas investigações que vão ficar a cargo da Divisão Especializada em Prevenção e Investigação de Crimes de Trânsito.
Por O Tempo