O Engenheiro Renato Guimarães, professor do CEFET-MG, acompanhado pela gerente de trânsito, Cíntia Valadares estiveram na reunião da Câmara Municipal desta terça-feira 18/7, debatendo o transporte público em Itaúna.
Cálculos realizados pelo CEFET, apresentados na reunião, apontam que a tarifa atual do transporte coletivo em Itaúna, proposta pela concessionária Viasul e subsidiada pela Prefeitura, é de R$ 6,52, o que representa uma diferença de R$ 1,52 em relação ao valor pago pelos usuários.
Segundo informado, o sistema enfrentaria um déficit de R$ 2 milhões nos anos de 2023 e 2024. Atualmente, o déficit acumulado é de R$ 14,2 milhões.
Renato explicou também que a queda no número de passageiros em Itaúna reflete uma tendência observada em outras cidades e foi agravada pela pandemia. A falta de reajustes adequados na tarifa e a falta de investimento na frota têm gerado uma crise no setor.
A Prefeitura convidou o CEFET-MG para calcular o reajuste tarifário e revisar o sistema, identificando o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão.
O estudo concluiu que a tarifa em Itaúna deveria ser de R$ 6,52 para evitar o déficit. Sem o subsídio, cujo projeto de R$ 10 milhões está em análise no Legislativo, o prejuízo operacional estimado é de R$ 1 milhão por ano até 2024.
O professor ressaltou que nos últimos anos não houve reajustes adequados na tarifa, o que demandaria um aporte de R$ 2 milhões para manter o valor em R$ 5, além dos R$ 14,2 milhões para reequilibrar o contrato desde dezembro de 2016 até dezembro de 2022.
A gerente Cintia Valadares, destacou na reunião a necessidade de investimentos no transporte coletivo, incluindo a implementação de um terminal de integração.
O CEFET- MG apresentou à Prefeitura uma lista de compromissos para melhorar o serviço, como o aumento da demanda, a melhoria da frota e da infraestrutura, a atualização da bilhetagem eletrônica e a revisão do contrato de concessão.
No entanto, os vereadores Antônio da Lua, Aristides Ribeiro, Joselito Gonçalves, Kaio Guimarães, Gustavo Dornas e Márcia Cristina em suas oportunidades de fala, manifestaram contrários à concessão do subsídio à empresa da forma que está sendo proposta.
Em tempo
Essa ideia de implementação de um terminal de integração do transporte coletivo, é ventilada há anos. Existe uma ideia, um projeto para transformar o atual prédio do fórum de Itaúna, em um mini terminal rodoviário para integrar os dois lados da cidade.
O projeto incluiria ainda fazer a Rua Silva Jardim, ser uma espécia de 25 de março, como em São Paulo. A rua deixaria de ter transito.
Seria cobrado um valor único de passagem
Exemplo: que vem do Morada Nova para o Padre Eustáquio, pegaria um coletivo ate o mini terminal no Centro, desembarcaria e pegaria outra linha de ônibus para seguir ao bairro de destino, sem pagar outra passagem. Porém o valor da passagem seria maior, tipo uns R$8,00.