Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta mutações nas variantes do novo coronavírus que circulam no país. Os pesquisadores de Pernambuco indicam, ainda, que essas novas versões podem escapar parcialmente da imunidade adquirida pelas pessoas. As informações são do Uol.
Foram identificadas “mutações preocupantes” em 11 sequências do vírus em cinco Estados: Amazonas, Bahia, Maranhão, Paraná e Rondônia. Essas mudanças no vírus reforçam que ele está em um natural processo de evolução e adaptação.
As amostras analisadas fazem parte da Rede de Vigilância Genômica Covid-19 da Fiocruz e foram colhidas entre 12 de março de 2020 e 28 de fevereiro de 2021. Ao todo, 31 pesquisadores assinam o artigo.
“Esses achados apoiam que a contínua transmissão generalizada do Sars-Cov-2 no Brasil está gerando novas linhagens virais que podem ser mais resistentes à neutralização do que as variantes parentais preocupantes”, diz o estudo publicado ontem na revista especializada “Medrxiv”.
A publicação passará agora por um processo de certificação e validação de outros pesquisadores da área. “Esses achados destacam a necessidade urgente de abordar a eficácia das vacinas Sars-Cov-2 para aquelas variantes emergentes do Sars-Cov-2 e o risco de transmissão comunitária não controlada contínua do SarsCov-2 no Brasil para a geração de variantes mais transmissíveis”, apontam os autores. Ao todo, no mundo existem em torno de 840 mil genomas do novo coronavírus cadastrados, sendo mais de 4.500 deles do Brasil (um terço deles inseridos no sistema pela rede da Fiocruz).
Por O Tempo