Uma estudante de 17 anos morreu e ao menos outro ficou ferido em um ataque a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, norte do Paraná. A informação é do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Atingido na cabeça, um menino de 16 anos foi socorrido em estado grave e encaminhada ao Hospital Universitário de Londrina. A instituição afirmou que o estado do rapaz é “gravíssimo” e que ele respirava com auxílio de aparelhos, ainda no atendimento de urgência.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o caos em frente à escola após o ataque:
A Polícia Militar do Paraná informou que um ex-aluno, de 21 anos, foi até a direção do colégio alegando que precisava de cópias de documentos. Depois disso, ele teria ido ao banheiro e, na saída, começou a atirar. Ele foi preso.
“O que eu vi foi um desespero muito grande, alunos saindo pelos arredores da escola desesperados”
Em entrevista à rádio CBN, a professora Nara Cordeiro relatou a correria para sair da escola. “Estávamos começando a segunda aula, fazendo chamada, quando ouvimos o barulho dos disparos achando que era bombinha, brincadeira de criança. Os alunos ficaram sem saber o que estava acontecendo, mas, pela movimentação, começaram a correr, porque parece que tava vindo alguém atirando”, contou.
Segundo a professora, rapidamente as ruas da escola foram tomadas pelos estudantes que deixaram a unidade às pressas. “O que eu vi foi um desespero muito grande, alunos saindo pelos arredores da escola desesperados. E eu não sabia o que fazer, se eu voltava para ajudar os alunos que estavam lá [dentro da escola] ou se eu ajudava os meus alunos que estavam aqui.”
O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) decretou luto de três dias no Estado. A motivação do crime não havia sido divulgada até a mais recente atualização desta reportagem.
Durante agenda no Rio de Janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também manifestou solidariedade às famílias das vítimas. “Infelizmente, vimos a violência mais uma vez se manifestando no local que é o mais sagrado para as crianças e jovens do nosso país e para suas famílias, que é uma escola”.
“Quando um jovem perde a vida, na verdade, toda a juventude perdeu um pedaço da sua vida. Sou pai e, por isso, sei bem da intranquilidade que aflige as famílias na medida em que, de modo inaceitável, essa modalidade de violência se implantou no Brasil e serve de reflexão quanto aos traços culturais da violência”.
Com Agência Brasil/ O Tempo