Familiares de detentos denunciam morte durante ação policial no presídio cadeia de Itaúna
Jornalismo Santana FM
Um detento, de 48 anos, morreu na madrugada de quinta-feira (14) após passar mal no presídio de Itaúna. Os agentes penitenciários socorreram Jairo Lúcio dos Santos, até que o SAMU chegasse ao local.
Bombas de efeito moral precisaram ser atiradas para controlar os presos que estavam revoltados após a morte do detento por infarto fulminante. O corpo foi levado para a realização de procedimentos.
Segundo parentes de um detento, os presos estavam pedindo a presença da imprensa, dizendo que havia morrido alguém no local. Ainda segundo familiares uma revista seria feita no presídio pelos agentes penitenciários.
“Nesses casos, vem um grupo de agentes pra essas operações especiais e retiram os presos das celas pra fazer a revista. O que era pra ser um procedimento normal vira um filme de terror. Colocam todos eles algemados juntos num canto e geralmente dura horas. Só que esses agentes chegam dando tiros, provavelmente de borracha, mas dessa vez estavam gritando que alguém havia morrido”, disse.
Os familiares ainda afirmam que os agentes tentam abafar o acontecido e que nas revistas destroem pertences dos detentos.
“Não sabemos se é verdade ou de estavam chamando atenção, mas estavam pedindo também a imprensa porque se acontece alguma coisa grave lá dentro com algum detento, eles abafam o caso ou retiram a responsabilidade do estado dizendo que o motivo de morte ou de ferimento foi causado entre eles mesmo. E também que eles destroem pertences dos presos durante essas operações. Jogam comida deles fora e somem com coisas importantes como sabonetes, desodorante e shampoo”, relata.
Além disso, os familiares disseram que fica uma ambulância 24h na porta do presídio.
“De toda forma é grave, além da truculência das operações o atendimento médico lá também é péssimo. E eles têm ambulância na porta 24h pra atenderem esses casos”, conclui.
