Gasto com auxílio permite dobrar verba para habitação

13/02/2015 | Minas Gerais

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Minas Gerais vai tirar R$ 127,51 milhões dos cofres públicos neste ano para arcar com o pagamento do auxílio-moradia nas esferas do Poder que já deliberaram em favor do pagamento da regalia. Além da Assembleia, que autorizou nesta terça a volta do benefício, os tribunais de Justiça, Contas e Trabalho, além do Ministério Público, passaram a pagar o recurso para bancar a moradia de seus integrantes neste ano.

O total do gasto ultrapassa a despesa do governo do Estado em obras de habitação no ano passado, que somou R$ 119,8 milhões. Caso o dinheiro despendido com o auxílio fosse destinado à construção de moradias, possibilitaria que os investimentos na área dobrassem.

Enquanto deputados estaduais, promotores, juízes e conselheiros recebem de R$ 2.850 a R$ 4.786 por mês para compensarem seus gastos individuais com moradia (confira no infográfico), o montante gasto para essa finalidade poderia financiar o custeio da construção de 2.500 moradias populares por ano. O investimento per capita, considerando o eleitorado mineiro, feito pelo governo no ano passado nessa área foi de R$ 8. O gasto anual com o auxílio-moradia por ocupante de cargo público varia de R$ 34.200 a R$ 57.432.

Minas Gerais ocupa o segundo lugar no ranking de déficit habitacional do país, com 557 mil residências a menos do que o necessário. O Estado perde apenas para São Paulo.

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