Pai, mãe e filha desviavam dinheiro de aposentados do INSS

9/02/2025 | Polícia

 

Investigações começaram em setembro de 2024, após denúncias –  Foto Polícia Civil / Divulgação

 

 

A Polícia Civil investiga um esquema de estelionato que tinha como principais alvos aposentados e beneficiários do INSS, além de servidores públicos e militares, em Divinópolis e Carmo do Cajuru, no Centro-Oeste de Minas.

 

De acordo com a delegada Adriene Lopes, os golpes eram praticados por uma família — pai, mãe e filha — que usava uma loja de empréstimos consignados para enganar as vítimas.

 

O trio foi preso preventivamente na quarta-feira 05/2, durante uma operação policial, e encaminhado para o sistema prisional. As investigações continuam.

 

Como funcionava o golpe

 

As investigações tiveram início em setembro de 2024, após diversas denúncias feitas pelas próprias vítimas.

 

Segundo a polícia, os suspeitos ofereciam portabilidade de empréstimos consignados com a promessa de juros reduzidos, prestações menores e até um “troco” — um valor adicional que seria depositado na conta dos clientes após a transferência da dívida.

 

Convencidas pela falsa vantagem, as vítimas aceitavam a proposta sem saber que estavam sendo enganadas. Na realidade, segundo a delegada, a família fraudava os contratos e contratava novos empréstimos sem o conhecimento das vítimas, desviando os valores para suas contas particulares.

 

Para garantir que as transações fossem concluídas sem resistência, eles chegavam a mexer nos celulares das vítimas para acessar aplicativos bancários e realizar transferências.

 

“Em alguns casos, os suspeitos até acompanhavam as vítimas a agências bancárias para concluir a operação”, disse a delegada.

 

Materiais apreendidos e número de vítimas

 

Foram apreendidos celulares, notebooks, computadores e CPUs – Foto TV Candidés

 

 

Durante a operação na quarta-feira, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na loja de empréstimos e na residência da família. Foram apreendidos celulares, notebooks, computadores e CPUs, equipamentos utilizados no call center da empresa para atrair novas vítimas por telefone.

 

“Até o momento, quatro vítimas procuraram a delegacia para denunciar o golpe, sendo duas de Divinópolis e outras de cidades próximas. No entanto, há mais de 20 registros de ocorrência no estado de Minas Gerais e também em outro estado”, detalhou a delegada.

 

As investigações continuam, e a polícia busca identificar outras possíveis vítimas. Ao final do inquérito, a família poderá ser indiciada pelo crime de estelionato qualificado.

 

Viatura da Polícia Civil de Minas Gerais – Foto Polícia Civil / Divulgação

 

 

*Com informações G1  

 

 

 

 

 

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