Hemominas em MG busca doadores para reforçar estoque após carnaval

19/02/2015 | Minas Gerais

doacao sangue minas

 

 

Após uma queda acentuada no estoque de sangue da Fundação Hemominas, no fim de 2014 e no início deste ano, que chegou a 42{4f38b4b7d8b4b299132941acfb1d57d271347fbd28c4ac4a2917fcb5fee07f0b}, a situação se normalizou, contudo a unidade em Divinópolis está convocando doadores para que a crise não se repita.  Nos últimos dois dias, o Hemominas esteve fechado, mas já foi reaberto nesta quarta-feira (18) e funciona normalmente. A unidade funciona na Rua José Gabriel Medef, nº 221, no Bairro Padre Libério.

Segundo a responsável por captação de doadores, Shirley  Alves de Souza, o hemocentro precisa manter equilíbrio para atender a demanda da região. “Precisamos de doadores para que o estoque se mantenha e assim não se repita a crise do fim e do início do ano”, disse.

Qualquer pessoa pode doar sangue?
Segundo Shirley uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450 ml. Ou seja, é menos de 10{4f38b4b7d8b4b299132941acfb1d57d271347fbd28c4ac4a2917fcb5fee07f0b} de todo o sangue do corpo. O doador de sangue passa por uma avaliação prévia em ambulatório que tem o objetivo de detectar alguns impedimentos, como doenças, para a doação. A entrevista é particular e os dados são mantidos sob total sigilo.

Estão aptas a dor sangue pessoas entre 16 e 69 anos. Mas, se o candidato à doação de sangue tem entre 16 e 17 anos ou mais de 60 anos, é importante conhecer as normas e documentos necessários para doação de sangue. Os demais critérios são válidos para todos.

Por que é exigida a apresentação de documento oficial original?
A legislação em vigor exige a apresentação de documento oficial para garantir a autenticidade do cadastro do doador e a segurança de ambos, doador e receptor. Esta exigência visa coibir a apresentação de documentos falsos por parte de pessoas inescrupulosas. Uma doação nessa situação pode trazer riscos aos receptores, uma vez que quem comete uma fraude para realizar a doação pode, também, omitir exposições a situações de risco que favoreçam a aquisição de doenças transmissíveis pelo sangue; essas pessoas podem doar em período de janela imunológica (quando o exame do sangue não é capaz de identificar a presença da doença) e transmitir uma doença ao receptor.

Ao mesmo tempo, a doação com documentos falsos poderá dificultar ou impedir que o legítimo proprietário daquele documento venha a realizar novas doações, já que a presença de exames alterados para doenças infecciosas pode impedir a doação de sangue em definitivo. 

Por que são feitas perguntas para avaliar a doação de sangue?
Porque a doação de sangue, apesar de salvar vidas, pode também transmitir várias doenças a quem recebe o sangue. Os exames para verificar se o doador está com alguma doença não são absolutamente capazes de detectá-la. Por exemplo, a maioria dos exames mede a quantidade de anticorpos (defesa formada pelo corpo na presença de uma infecção) no organismo, mas para que o exame consiga detectar a presença da doença, é necessário que estes anticorpos tenham atingido um determinado valor no sangue. Assim, se uma pessoa adquiriu uma doença há pouco tempo, pode ser que o exame dê resultado negativo, mesmo ela estando infectada. O tempo transcorrido entre a pessoa adquirir uma doença e o exame conseguir identificá-la é conhecido como janela imunológica. Algumas das doenças transmitidas pelo sangue possuem um tempo de janela grande e é por isso que algumas situações impedem a doação por um tempo longo.

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