Isenção de ISS para o Funeral da Porca cai, por falta de parecer na câmara

3/08/2023 | Itaúna

Nas redes sociais a opinião pública foi contrária à isenção – Foto-Bruno Freitas Viu Itaúna

 

 

A reunião extraordinária convocada pela Câmara Municipal de Itaúna na tarde desta quinta-feira 03/8, para votar o pedido de isenção de Imposto Sobre Serviços (ISS) para o Funeral da Porca, estimado em cerca de R$ 50 mil, não durou um minuto.

 

O projeto de lei foi cancelado por falta de parecer das comissões de Constituição e Justiça e de Finanças e Orçamento. Outro motivo apontado pelo presidente Nesval Júnior (PSD) em plenário foi o prazo “em cima da hora” para ser votado, uma vez que a festa acontece no sábado 05/8, no Parque de Exposições.

 

Ambas as comissões tem os mesmos membros na sua formação: Leonardo Alves dos Santos, o Léo Alves (Podemos), que disse já ter viagem marcada com a família, Lacimar Cezário, o Três (PSD), que também informou ter compromisso agendado anteriormente e mesmo que comparecesse, não daria parecer favorável, por discordar da proposta, e Giordane Alberto (PV), que foi à reunião.

 

Na reunião de terça-feira 01/8, Nesval, que apresentou a proposta, tentou colocar o projeto em análise e votação, mas Alexandre Campos (DEM) pediu um parecer jurídico, já que existia dúvida se a matéria é de iniciativa do Executivo.

 

As informações de bastidores são de que o prefeito se negou a encaminhar o projeto temendo complicações futuras, até mesmo com a cobrança da isenção para outros eventos em Itaúna, que tem previsão de arrecadação de R$ 30 milhões em 2023.

 

Nas redes sociais a opinião pública foi contrária à isenção, com o argumento de que a festa é particular e para poucos, já que tem ingressos vendidos de R$ 480 a R$ 520, além do fato de os organizadores terem capacidade financeira.

 

Vendas abaixo de 50%

 

Até terça, os produtores do evento, haviam vendido 3,4 mil ingressos, menos da metade da expectativa de 8 mil. Assim, um faturamento que seria de algo em torno de R$ 4 milhões pode estacionar em R$ 2 milhões, o que teria “assustado os promotores”, disse um vereador ao jornal Folha do Povo.

 

Esta não foi primeira vez que os produtores do evento pediram “ajuda” aos vereadores: em agosto de 2019 a Câmara aprovou, por 10 votos a 4, isenção para Taxa de Uso e Ocupação para o “Funeral”.

 

A Roinc Produtora, organizadora da festa, não se manifestou ao ser procurada pela reportagem.

 

* Com informações do Viu Itaúna 

 

 

 

 

 

 

 

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