Na imagem, a deputada Carla Zambelli (PL) e o presidente Jair Bolsonaro – Foto Marcos Corrêa/PR
O presidente da República, Jair Bolsonaro, discutiu na noite de terça-feira (29) com a deputada federal Carla Zambelli durante jantar de confraternização do PL, partido de ambos, em Brasília, Distrito Federal.
O episódio foi informado inicialmente pelo jornalista Igor Gadelha do Metrópoles e confirmado por uma fonte à reportagem de O TEMPO. Segundo informações, o presidente ficou exaltado no confronto. O motivo do embate, porém, não foi revelado.
Criticada por apoiadores de Bolsonaro, Zambelli é apontada como uma das causas da derrota do mandatário nas urnas eletrônicas. Na véspera da eleição, a parlamentar foi flagrada apontando uma arma para um homem negro. O caso aconteceu no Jardins, bairro nobre de São Paulo.
O jantar foi promovido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O chefe do Executivo federal chegou ao local sem falar com a imprensa e com apoiadores e, na saída, repetiu o silêncio.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também esteve presente horas depois de receber o apoio do PT, partido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, na disputa pela reeleição ao cargo. Ele foi vaiado por apoiadores de Bolsonaro.
A fala foi uma sinalização às manifestações que acontecem há um mês em frente aos quarteis e organizadas por inconformados com a derrota de Bolsonaro. O presidente do PL acrescentou que Bolsonaro irá voltar a falar a com apoiadores e animá-los, mas não detalhou de que forma será essa resposta.
Na manhã de terça, Valdemar se reuniu com Bolsonaro no Palácio da Alvorada – residência oficial do presidente – para pedir que o presidente falasse publicamente ao seu eleitorado.
Situação delicada no PL
O Tribunal Sueperior Eleitoral (TSE) informou que bloqueou, na sexta (26), R$ 13.599.298,26 em uma conta bancária do PL no Banco do Brasil. A medida serve para pagar parte da multa de R$ 22,9 milhões aplicada pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, por litigância de má-fé – quando alguém aciona a Justiça de forma irresponsável.
Na semana passada, Moraes negou o pedido do PL para anular o segundo turno das eleições deste ano porque a legenda não apresentou nenhuma prova sobre eventual irregularidade. Na decisão, o ministro condenou os partidos da coligação de Bolsonaro a pagarem uma multa de R$ 22,9 milhões. O PP e o Republicanos foram excluídos da punição posteriormente.
Por O Tempo