Jovem acusa militar de mal atendimento

26/12/2018 | Centro-Oeste, Itaúna, Polícia

Foto: Jornalismo Santana FM

Paloma Guimarães

Santana FM

O Jornalismo da Santana FM recebeu na manhã dessa terça (25) uma denúncia de possível abuso. Jenniffer Vilaça Diniz enviou sua denúncia por e-mail, além de divulgar nas redes sociais. A Polícia Militar informou que até o momento não foi apresentada nenhuma denúncia formal na unidade.

Jenny em seu e-mail, fala que acionou a polícia, mas eles não compareceram ao local que foram acionados. Ela ainda falou que ao chegar na delegacia e conseguir atendimento foi maltratada pelo o militar que a atendeu. Confira na integra a reclamação que rebemos no e-mail:

  “Estava há mais de 2h para fazer um B.O.

A polícia não compareceu no local. Sai a pé, sozinha, dos Garcias a delegacia. Passou 2 viaturas perto de mim, gritei e eles fingiram não me ouvir.

Chegando lá, aguardei mais 30mim para prestar depoimento.

Ao prestar esclarecimentos esse ser que se diz policial não estava prestando atenção, sem desrespeita-lo, perguntei se ele estava me ouvindo e o mesmo me mandou tomar no cu, torceu meu braço e mão com meu dedo quebrado (que está super dolorido por sinal) e disse q iria me prender e aprender meu celular, porque tirei essa foto dele, depois do que ele me disse, só porque falei que não tinha cabimento ele me tratar daquela forma e sabia meus direitos. Ele quis fazer teste do bafômetro alegando que eu estava embriagada, sendo que não bebi mais de 3 copos. Respondi que fazia questão de fazer o teste, para apontar o teor alcoólico ainda mais não estando dirigindo, e então o mesmo decidiu não fazer mais o teste.

Gostaria de saber se alguém sabe se existe alguma câmera de frente a delegacia onde o ocorrido aconteceu para ter provas contra esse ser.

Esse outro indivíduo machista, que deveria nos defender em casos como esses, não pode também seguir impune.

Se a própria polícia não nos defende o que seremos de nós mulheres?

Me falaram que o número do boletim é 57183560, mas não confio sequer que eles tenham efetuado minha denúncia.

Entrei em contato com meu advogado, mas ele não está na cidade, preciso de orientações de como seguir nesse caso, qualquer auxílio é bem-vindo.”

Após receber a denúncia o Jornalismo da Santana FM entrou em contato com o comando da Polícia Militar de Itaúna, fomos informados que não foi apresentado nenhuma queixa formal ao comando. A Polícia Militar se pronunciou sobre o caso, fornecendo todo o histórico da ocorrência, fomos também informados que a falta de informação fornecida pela solicitante não foram suficientes, como por exemplo não saber o endereço da festa em que estava, a placa do carro que ela apontou ser do agressor, não confirmava as informações. Acompanhe o histórico do atendimento:

Solicitados via sala de operações, comparecemos na delegacia de polícia, onde segundo esta tinha uma solicitante que estava alegando que havia sido agredida numa festa que participava. No local deparamos com a senhora j. p. v. d., a qual ao notar a chegada da guarnição policial já começou a dizer que havia solicitado a polícia e não entendia a demora para ser atendida, pois ela paga seus impostos em dia e tem que ser atendida na hora que precisar, ressalto que ela apresentava nítidos sinais de embriaguez, como fala desconexa, andar cambaleante, olhos avermelhados e hálito etílico. De acordo com a solicitante, ela estava em uma festa na rua Ludovico Dias, não sabendo precisar o número no bairro Garcias, sendo que em um dado momento após uma discussão com um indivíduo de nome R., este indivíduo puxou ela pelos cabelos, tentou dar uma cadeirada e a ameaçou dizendo que “sua boca iria amanhecer cheia de formiga”. J. não soube dizer o nome completo do suposto autor e nem seu endereço exato, porém nos passou a placa e o modelo do veículo em que R. havia evadido, sendo um honda civic, porém em consulta da placa que foi passada não foi constatado tal veículo. Durante o atendimento, a solicitante se exaltou e começou a gritar que era um absurdo não podermos ajuda-la e em tom rude disse que tinha influencia, na cidade, principalmente no meio político e usaria dessa influência para “correr atrás de seus direitos”. A partir daí J. tirou fotos deste relator e foi alertada de que não era autorizada a divulgação ou publicação da imagem do militar e foi pedido para que apagasse a foto. Ainda na delegacia questionamos J. se estava lesionada e necessitava de atendimento médico, contudo, recusando atendimento. Após colher todos os dados necessários orientamos a solicitante a procurar a delegacia posteriormente e juntamente com este registro, efetuar uma denúncia contra as agressões feitas por R., então partimos para o rastreamento do autor, contudo como não havia dados precisos sobre o paradeiro, endereço de R., e a placa não batia com o veículo passado, as viaturas do turno não lograram êxito em localiza-lo até o dado momento. No local o agente de polícia civil E. P., presenciou a exaltação da solicitante e seu tratamento rude com os militares, se prontificando a qualquer apoio que a guarnição necessitasse. Ainda segundo a sala de operações, anteriormente havia uma solicitação do mesmo fato no bairro Garcias, na rua Ludovico Dias, não sabendo informar o número, também com a solicitante J.. Diante desta solicitação a viatura do setor deslocou até rua mencionada, percorreu toda sua extensão e adjacências. Contudo, a solicitante não foi encontrada conforme bos n°057183257. registro para demais providencias. rastreamento em aberto.

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