Presa temporariamente na quarta-feira 06/12, Maria Clara, de 57 anos, esposa de Nivaldo Mendonça, encontrado morto em área de vegetação na cidade de Oliveira, no dia 26 de novembro, vai para a prisão domiciliar.
Conforme nota enviada pelos advogados dela, a 1ª Vara Criminal da Comarca de Oliveira revogou a temporária e determinou a prisão domiciliar com outras medidas cautelares. Maria Clara também não poderá deixar a cidade.
A prisão temporária dela, cumprida na quarta-feira, tinha sido solicitada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). De acordo com o delegado que investiga o caso, Flávio Braga, a prisão temporária era para esclarecer se a investigada teve participação nos crimes em apuração (homicídio e ocultação de cadáver).
No fim de novembro, o filho de Maria Clara e Nivaldo, Lucas Vinícius Mendonça, de 27 anos, se apresentou na delegacia e confessou ter matado o pai.
O que disse o filho
Segundo a Polícia Civil, no dia 27 de novembro, Lucas procurou a delegacia na presença de um advogado e contou ter cometido o assassinato no dia 24 de novembro, após presenciar uma discussão seguida de agressão entre o pai e a mãe, e também ser agredido pelo pai ao defendê-la.
Após o crime, o jovem disse que levou o pai para uma área de pasto e, com ajuda de uma retroescavadeira que pertencia à vítima, cavou um buraco e enterrou o corpo.
Diante das informações, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do investigado, que foi deferida pelo Poder Judiciário, sendo a ordem cumprida no dia 27 de novembro.
Corpo encontrado
O corpo do idoso foi encontrado no dia 26 de novembro, após testemunhas denunciarem à Polícia Militar (PM) que havia um trecho de terra remexida no local usado para pastagem e que possivelmente haveria um corpo enterrado na área.
Com ajuda do Corpo de Bombeiros, os policiais foram até o local indicado confirmaram a denúncia. E equipe pediu emprestada uma retroescavadeira do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) para auxiliar nos trabalhos e então o corpo foi localizado.
A vítima foi reconhecida por familiares e, após os trabalhos da perícia, foi liberado para funerária.
O que diz a defesa
“A defesa de Maria Clara Mendonça confirma que a 1ª Vara Criminal da Comarca de Oliveira revogou a prisão temporária e decretou a prisão domiciliar com outras medidas cautelares. A investigada também não pode deixar a cidade.
A defesa também confirma que o estado emocional da investigada é precário e que ela se encontra em privação de sono e desidratação. A defesa lamenta as narrativas que fomentam a distorção dos fatos. Maria Clara Mendonça sofreu, por mais de 10 anos, agressões físicas, tortura psicológicas e violência patrimonial do marido.
No dia dos fatos, ao constatar que a mãe estava apanhando novamente, Lucas Mendonça desferiu um golpe fatal contra o pai. Lucas procurou a polícia e se entregou, no último dia 27. A família, conhecida em Oliveira pela sua boa reputação e religiosidade, se encontra despedaçada emocionalmente.
Geraldo Lucas Andrade Dias e Marcos Alexandre Oliveira
Advogados de defesa”.