Por seis votos a um, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta quinta-feira (18), para levar condenar o ex-presidente da República e ex-senador Fernando Collor de Mello por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Até a sessão desta quinta, os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia haviam votado acompanhando o entendimento do relator Edson Fachin pela condenação de Collor.
O ministro André Mendonça também acompanhou o relator, mas divergiu parcialmente em alguns pontos. Para Mendonça, não houve crime de integração de organização criminosa, mas de associação criminosa. No entanto, ele concordou com a condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Já o ministro Nunes Marques divergiu totalmente e votou pela absolvição de todos os réus para todos os crimes.
Por falta de tempo, o julgamento foi interrompido e será retomado na próxima quarta-feira (24). Os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Rosa Weber ainda não votaram.
O político de Alagoas virou réu pelos crimes de crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, em uma ação penal fruto de um desdobramento da Operação Lava Jato.
Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Collor recebeu R$ 20 milhões em propina por negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, na venda de combustíveis. Os pagamentos teriam sido feitos entre 2010 e 2014, época que a empresa tinha dois diretores indicados pelo então senador por Alagoas.