Membros do PCC são alvos em operação

27/11/2019 | Polícia

Foto: Secretaria de Segurança de Alagoas/Divulgação

 

Mais de cem criminosos que ocupam posições de liderança no Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do Brasil, são detidos na manhã desta quarta-feira (27) em oito estados do país.

 

Os homens são suspeitos de participar de execuções (tanto de rivais pertencentes a outras quadrilhas quanto de pessoas inocentes) e de sequestros, ações comandadas após julgamento no “tribunal do crime”. Além disso, são suspeitos de atuar no tráfico de drogas e na prática de assaltos.

 

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, havia apenas um mandado de prisão a ser cumprido no Estado. No entanto, o criminoso já estava recolhido na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

 

 

Ação conjunta

 

A força-tarefa une policiais, investigadores e procuradores de importantes órgãos estaduais, entre eles o Ministério Público das regiões onde os suspeitos são capturados, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

 

Apesar disso, a atuação é comandada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), isto pois 66 dos 110 mandados de prisão são cumpridos no estado. Além de Minas e Alagoas, os suspeitos também estão em Pernambuco, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Tocantins e Sergipe.

 

 

Contra o “tribunal do crime”

 

Atualmente sob o comando de um criminoso apelidado como “Maré Alta”, o PCC mantém seu principal núcleo no Mato Grosso do Sul. Segundo apontam as investigações, após a prisão do líder Marcola – detido na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia –, é lá que é decidido o futuro dos rivais da facção ou dos seus traidores.

 

Mortes bárbaras registradas por todo o país teriam sido cometidas após ordens do “tribunal do crime”, formado por aqueles que detém maior poder dentro do PCC. Os assassinatos, muitas vezes, eram transmitidos por vídeo para os líderes que ordenaram a execução, como forma de reforçar a autoridade desses chefes e garantir prestígio aos responsáveis pela linha de frente do crime.

 

Entre as pessoas mortas pela facção, segundo as investigações, estão jovens inocentes e membros do próprio PCC, tidos como desobedientes.

 

Por O Tempo

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