Menos de 40% dos homens com mais de 50 anos realizaram exames de próstata no último ano, segundo pesquisa inédita realizada em todo o Brasil. Os dados levantados apontam ainda que 36% dos entrevistados nunca realizaram toque retal, PSA ou ultrassonografia, exames que podem detectar nodulações e alterações no formato e consistência da próstata.
O levantamento foi feito pela farmacêutica Apsen em parceria com as seccionais da Sociedade Brasileira de Urologia no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Outro ponto destacado no estudo é que 80% dos entrevistados disseram que conhecem o exame de toque retal, mas apenas metade deles já fez o procedimento.
A Sociedade Brasileira de Urologia está em campanha para incentivar os homens a buscarem atendimento médico regular. E algumas pessoas precisam ter cuidado redobrado, como explica o diretor-presidente da entidade no Rio de Janeiro, Mauro Diniz:
“Muitos não sabem nem que o urologista é o indicado nesses casos, então a campanha tem o objetivo de conscientizar. Quem tem familiares com histórico de câncer de próstata tem que fazer exames a partir dos 40 anos de idade.”
A entidade chama atenção também para outras alterações da próstata que podem afetar a saúde e a qualidade de vida, como a hiperplasia prostática benigna, que é o aumento benigno da próstata. Nem sempre a condição evolui para câncer, mas mesmo assim, o homem precisa ser examinado, como explica o doutor Mauro Diniz:
“A causa da hiperplasia é desconhecida, mas pode ter influência de hormônios, idade, histórico familiar e alterações genéticas.”
Os principais sintomas são alterações na urina, como aumento da frequência e sensação de urgência para urinar e de esvaziamento incompleto da bexiga.