MG: Varíola dos macacos tem queda de notificações

15/12/2022 | Minas Gerais

 

Dedos apontam que a doença está com menos casos notificados e suspeitos – Foto Reprodução

 

 

A Monkeypox (ou varíola dos macacos) deu uma trégua em Minas Gerais, pelo menos por enquanto, como mostram os dados desta quinta-feira (15/12), emitidos no Informe Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. São 599 confirmados, desde o início dos registros, 74 suspeitos e três mortes. Em Belo Horizonte, também foi observada uma queda das notificações ao longo dos últimos três meses.

 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de BH, foram notificados 1.167 casos suspeitos na capital mineira, sendo que 333 infecções receberam diagnóstico positivo, desde o início do surto, no 1º semestre deste ano. Além disso, uma pessoa morreu com a doença em BH, em julho.

 

Segundo o epidemiologista Geraldo Cury, uma explicação para a redução das notificações dos casos é o cuidado que as pessoas estão tomando para não se infectarem. “É uma doença de transmissão mais difícil que a COVID-19, por exemplo. A maior parte é dada pelo contato com as lesões e como se chamou muita atenção para a situação, as pessoas evitaram comportamentos de risco”, explica.

 

Um gráfico da Prefeitura de BH mostra que na primeira semana de agosto, foram notificados 115 casos, ao longo do mesmo mês, a quantidade se manteve parecida a cada semana. Porém, a partir de setembro, as notificações foram caindo. Em dezembro, até o momento, são 9 positivos para a doença. No estado, a Região Central concentra a maior quantidade de casos, com 455 registros. O Triângulo mineiro aparece em segundo, com 73 confirmados.

 

Uma das grandes surpresas de 2022, a varíola dos macacos começou a circular em mais de 80 países em maio. Embora seja um conhecido do continente africano, principalmente em partes da África central e ocidental, onde as pessoas vivem perto dos animais da floresta que carregam o vírus, ele se espalhou rapidamente e logo tornou-se uma preocupação mundial.

 

Transmissão e sintomas

 

Segundo a SES-MG, qualquer pessoa está suscetível ao vírus. Veja as formas de contágio:

 

  • Contato com a pele de pessoas doentes (como um simples toque ou um abraço, por exemplo);

 

  • Contato com as secreções de pessoas doentes como saliva, muco nasal, fluídos corporais em geral, suor e sangue (o que pode se dar através de beijos, por exemplo);

 

  • Contato com as gotículas expelidas durante a respiração;

 

  • Contato pela manipulação de objetos e superfícies contaminadas com secreções de indivíduos doentes, como lençóis, roupas e banheiros.

 

Os principais sintomas incluem:

 

  • Lesões na pele, como erupções e manchas;

 

  • Febre;

 

  • Dor de cabeça

 

  • Aumento de ínguas (linfonodos) em algumas partes do corpo;

 

  • Dores musculares e fraqueza.

 

Por Estado de Minas 

 

 

 

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