Para 2023, o aporte de R$15 milhões está previsto para a região – Foto SRS Divinópolis / Divulgação
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) investirá no ano de 2023 aproximadamente R$188 milhões em cerca de 264 instituições hospitalares do estado como forma de apoiar municípios prestadores SUS na execução dos procedimentos cirúrgicos eletivos hospitalares.
Apenas na macrorregião de Saúde Oeste, 23 hospitais serão beneficiados pelo Opera Mais Minas. Em 2022, investimento de R$13 milhões foi aplicado, valor que superou em R$ 5 milhões o planejado inicialmente, um acréscimo de mais de 60%.
Para 2023, o aporte de R$15 milhões está previsto para a região, com o objetivo de agilizar a realização de cirurgias eletivas. Deste valor estimado, mais de R$5 milhões já foram empenhados como forma de antecipação para o primeiro quadrimestre de 2023.
Kênia Carvalho, referência técnica do Opera Mais Minas na Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis, afirma que o programa tem grande impacto na região já que prestadores têm a oportunidade de receberem pagamentos diferenciados por procedimento. Dessa forma, ao disponibilizarem mais serviços, possibilitam que mais pessoas tenham acesso às cirurgias das quais precisam.
Cirurgias eletivas são procedimentos que podem ser agendados nas áreas oftalmologia, ortopedia, cirurgia geral e ginecologia, entre outras.
Desde a criação do programa Opera Mais Minas, o Governo do Estado, por meio da SES-MG, destinou às instituições R$247 milhões pelo programa.
Evolução
Segundo dados do DataSUS de 31/3, em 2019, um ano antes da pandemia de covid-19, a macrorregião de Saúde Oeste realizou mais de 12 mil cirurgias eletivas. Nos anos de 2020 e 2021, foram 6 mil e 7 mil cirurgias, respectivamente.
Já em 2022, primeiro ano do programa Opera Mais, foram mais de 17 mil cirurgias eletivas realizadas na área, sendo mais de 14 mil realizadas pelo programa estadual de incentivo aos hospitais.
Naquele ano, as cirurgias eletivas mais realizadas em Minas Gerais pelo Opera Mais foram as hernioplastias (retirada de hérnias), somando 26.566 procedimentos, e as colecistectomias (retirada da vesícula, com e sem videolaparoscopia), que totalizaram 20.410.
Superintendente Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis, Julio Barata explica que há uma série de pacientes que foram prejudicados pela pandemia.
“Embora as cirurgias eletivas fossem necessárias, elas acabaram por disputar leitos hospitalares com pacientes covid com alto risco de morte. A fila cresceu a tal ponto que não seria possível contar apenas com a capacidade normal dos hospitais para realizar o número de cirurgias eletivas necessárias para reduzí-la”, lembrou Barata.
Hoje, o programa contempla 880 procedimentos cirúrgicos e a possibilidade de ampliar a oferta de cirurgias eletivas existe.
“A possibilidade de aumentar as cirurgias na região depende da capacidade instalada dos prestadores em realizar mais procedimentos, uma vez que existe recurso financeiro garantido e com pagamento diferenciado, a mais, para todo procedimento executado”, finalizou Carvalho.