Minas tem apenas um nome forte entre os cotados – Foto Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Minas Gerais segue sem nenhum representante entre os ministros escolhidos pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar a Esplanada dos Ministérios. Nesta quinta-feira (22), o petista divulgou mais um pacote de indicações. Agora, já são 21 ministros escolhidos.
Fontes ouvidas pela reportagem indicam que Minas tem apenas um nome forte entre os cotados para chefiar um ministério, o do senador Alexandre da Silveira (PSD), que deve ser o indicado para a pasta de Infraestrutura.
Outro nome mineiro forte era o do empresário Josué Gomes, filho de José Alencar, que foi vice-presidente de Lula em seu primeiro mandato. Porém, Josué rejeitou o convite para ocupar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que acabou sendo assumido pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.
Menor
No primeiro mandato de Lula, em 2003, Minas Gerais tinha cinco pessoas nomeadas na posse do então presidente: Walfrido dos Mares Guia, Anderson Adauto, Luiz Dulci, Nilmário Miranda e Dilma Rousseff, que é mineira, mas na época era considerada uma política com história no Rio Grande do Sul.
Além deles, o ex-prefeito de Belo Horizonte Patrus Ananias assumiu papel importante na gestão do programa “Fome Zero” e o vice-presidente José Alencar também representava o Estado.
Uma fonte ouvida dentro do PT mineiro afirmou que neste ano “faltou unidade dentro do partido” para conseguir mais espaço no futuro governo. Nomes como o do deputado federal Reginaldo Lopes, que tem tido papel de destaque na equipe de transição, chegaram a circular, mas sem força em nível nacional ou respaldo do próprio partido.
O MDB mineiro também participa das conversas e articulações políticas para composição do futuro governo Lula. O presidente do partido em Minas, deputado Newton Cardoso Júnior, integra o gabinete de transição. A legenda chegou a ocupar a chefia do Ministério da Saúde no primeiro mandato de Lula, com a indicação de Saraiva Felipe, na época filiado ao MDB, mas nenhum nome do partido em Minas aparece, ainda, com força entre as principais apostas.
Governo Bolsonaro
Ao assumir o governo, em janeiro de 2019, o atual presidente Jair Bolsonaro trazia dois mineiros no seu primeiro escalão. O então ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, e o então ministro do Turismo, o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio.
Por Hoje em Dia