Mineiros são presos por atos antidemocráticos em Brasília

7/03/2023 | Minas Gerais

Os presos participaram dos atos de 8 de janeiro, em Brasília – Foto Reprodução/ Redes Sociais

 

 

A Polícia Federal cumpre nesta terça (7) três mandados de buscas de prisão e oito de busca e apreensão contra suspeitos de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. As diligências são cumpridas nas cidades mineiras de Alpinópolis, Areado e Passos e em Curitiba, no Paraná, no âmbito da 7ª fase da operação Lesa Pátria.

 

Em Minas, foram presos os bolsonaristas Kennedy Alves, em Alpinópolis, e Edmar Miguel, conhecido como Miguel da Laranja, em Areado. As duas cidades ficam na região sul do estado.

 

Alves gravou vídeos durante a invasão do STF em que afirmar estar em uma “guerra”, pergunta sobre o paradeiro de Lula (PT) e incentiva outros bolsonaristas a participar dos ataques. Miguel da Laranja, por sua vez, aparece em gravação durante invasão do Congresso Nacional.

 

A reportagem do Estado de Minas ainda apurou uma terceira prisão no Sul de Minas. A empresária Aline Cristina Monteiro Roque é moradora de Areado e saiu em um ônibus de Passos rumo à Brasília.

 

Assim como nas outras fases, a ação se dá dentro dos inquéritos abertos pela PF após os ataques aos prédios dos três Poderes por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Os fatos apurados, segundo a PF, podem configurar os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

 

A PF mira quatro frentes nas investigações abertas. Uma delas mira os possíveis autores intelectuais, e é essa frente que pode alcançar Bolsonaro. Outra tem como objetivo mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.

 

O terceiro foco da investigação PF são os vândalos. Os investigadores querem identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios históricos da capital federal.

 

A quarta linha de apuração avança sobre autoridades omissas durante o 8 de janeiro e que facilitaram a atuação dos golpistas.

 

Essas investigações deram origem as setes fases ostensivas da operação até o momento.

 

Em 20 de janeiro, a PF deflagrou a 1ª fase da operação Lesa Pátria e cumpriu oito mandados de prisão. Um dos alvos, Raif Gibran Filho, foi abordado em sua residência, mas pulou do segundo andar pela janela e fugiu.

 

Três dias depois, a segunda fase da ação, foi preso um golpista identificado por quebrar o relógio de dom João no Palácio do Planalto.

 

No dia 27 de janeiro, outros 11 mandados de prisão foram cumpridos na 3ª fase da operação. Em Santa Catarina, foi presa Maria de Fátima

 

Mendonça Jacinto Souza, 67, conhecida nas redes como Fátima de Tubarão.

 

Na 4ª fase, em 3 de fevereiro, um dos três alvos de mandado de prisão foi Lucimário Benedito Camargo, presidente da Câmara dos
Dirigentes Lojistas de Rio Verde (GO), conhecido como Mário Furacão e que gravou um vídeo durante a invasão do Palácio do Planalto.

 

Dias depois, em 7 de fevereiro, a operação alcançou possíveis autoridades omissas e prender quatro policiais militares do Distrito Federal. Entre eles, o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, então chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do DF.

 

Já em 14 de fevereiro, foi realizada a 7ª fase e foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em Goiás, Minas Gerais, Paraná, Sergipe e São Paulo.

 

Por Folhapress

 

 

 

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