A morte do cacique Merong Kamakã, de 36 anos, liderança indígena em uma aldeia de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, está sendo investigada pela Polícia Federal, em parceria com a Polícia Civil.
Kamakã foi encontrado sem vida nessa segunda-feira 04/3. No registro policial, o caso foi registrado como suicídio, mas, diante de suspeitas, o crime não foi encerrado e um inquérito foi aberto.
De acordo com a Polícia Civil de Minas, a perícia realizou os primeiros levantamentos que irão subsidiar a investigação. O corpo de Merong Kamakã passou pelo exame de necropsia no Posto Médico-Legal em Betim e, em seguida, foi liberado à comunidade indígena.
O cacique era conhecido por lutar pelos direitos dos povos indígenas e atuava para a retomada das terras da aldeia na região. “A PCMG está em diálogo ininterrupto com a Polícia Federal a fim de elucidar os fatos”, informou o delegado de polícia João Victor Leite.
Morte é questionada na comunidade
A causa da morte do cacique está sendo questionada por outras lideranças. Em nota, Frei Gilvander Moreira, participante da Comissão Pastoral da Terra de Minas Gerais e amigo do cacique, destacou que Kamakã se sentia ameaçado por conta do trabalho que fazia.
“Cacique Merong disse várias vezes: ‘Se me matarem na luta, me transformarei em adubo para fazer germinar mais lutas pelos direitos indígenas para retomarmos nossos territórios’, lembrou frei Gilvander.
*Com informações PC/ O Tempo