A PM foi acionada no Hospital Manoel Gonçalves na madrugada deste domingo 17/7, para registrar boletim de ocorrência, em razão de agressões de uma mulher, de 36 anos contra médicos plantonistas de 29 e 39 anos.
De acordo com as informações, o filho dela estava em atendimento, quando ela se revoltou e invadiu o descanso médico e passou a agredir dois cirurgiões que estavam de plantão
No boletim de Ocorrência consta que o caso aconteceu por volta de 0h20 deste domingo, quando o filho da mulher apontada como agressora dos médicos teria dado entrada no Pronto Socorro do Hospital Manoel Gonçalves com dores abdominais.
Segundo os médicos, o paciente teria de ser atendido por um Clínico Geral para somente depois, caso fosse necessário, ser atendido por um cirurgião.
Entretanto, a mãe do paciente não teria aceitado essa situação e se dirigiu ao alojamento dos médicos exigindo que o filho fosse imediatamente atendido por um cirurgião e começou uma discussão.
Segundo relatado por um dos plantonistas à Polícia Militar, a autora desferiu tapas e com um sapato, agrediu a vítima. Na sequência, para tentar conter a mulher, a segunda vítima segurou a autora pelas costas, mas esta se soltou e o agrediu com unhadas e tapas.
A mulher não sofreu nenhum tipo de lesão, de acordo com o B.O., embora alegue que tenha sido agredida pelos médicos e apenas se defendeu.
Manifesto do Coordenador da clínica cirúrgica
O coordenador da Clínica Cirúrgica do Hospital Manoel Gonçalves, Marcelo de Souza Marques, se manifestou sobre o ocorrido.
“Esperamos que esse fato leve a desdobramentos que sejam capazes de melhorar as condições do exercício profissional no hospital. Que sejam acionadas as autoridades relacionadas à saúde no município, secretário de Estado de Saúde, prefeito, CRM e Ministério Público”, afirmou o cirurgião.
Ele ainda pede apoio da população para os médicos do HMG. “Esperamos que a opinião pública nos apoie para que tenhamos condições de segurança para continuar a oferecer nossa importante função à sociedade”, completou o médico em seu pronunciamento em vídeo que circula nas redes sociais da cidade
Hospital suspende atendimentos por agressão a médicos
Em virtude da agressão, o Hospital Manoel Gonçalves, que além de Itaúna atende pessoas de Piracema, Itatiaiuçu e Itaguara, emitiu uma nota suspendendo, por tempo indeterminado, o atendimento de todos os pacientes que não estejam enquadrados nos critérios de Urgência e Emergência.
“Devido a agressão sofrida pelos médicos desta unidade, nesta madrugada de domingo (17), por questão de segurança do corpo clínico e de todos os funcionários está suspenso os atendimentos de fichas brancas, azul e verde até fique resolvida a situação. Somente serão atendidos paciente com critérios de urgência e emergência”.
Segundo relato enviado ao Jornalismo Santana FM, insatisfeita por ter que passar primeiro pela triagem, antes do atendimento a paciente e a acompanhante agrediram dois médicos do plantão 24h.
“A acompanhante dirigiu-se ao quarto dos médicos cirurgiões e, após ameaçá-los, iniciou agressões físicas. Relatos recentes têm chegado ao hospital, durante o atendimento de baleados, de indivíduos ameaçando invadir a instituição para “terminar o serviço”. O caso expõe a total falta de segurança nas portarias do Hospital Manoel Gonçalves.
A delegacia seccional do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, em Itaúna, cobra do poder público e da instituição medidas urgentes de segurança”. informou .
Nota da Prefeitura de Itaúna
No começo da tarde a prefeitura se manifestou por meio de nota nas redes sociais.
“A Prefeitura de Itaúna lamenta a injustificada agressão sofrida pelos plantonistas da cirurgia geral, dentro das dependências do Pronto Socorro Municipal, durante o plantão noturno de ontem, sábado, 16/07.
A agressora foi identificada e conduzida pelos policiais militares à delegacia e foi liberada posteriormente, retornando ao Pronto Socorro.
Nada justifica a violência, em especial com relação aos profissionais que estão na linha de frente do atendimento à população.
A direção do hospital será acionada para que sejam tomadas medidas urgentes e efetivas para aumentar a segurança dos profissionais que trabalham no Pronto Socorro.”