Ônibus em BH não vão mais aceitar dinheiro a partir de junho – Foto Flavio Tavares/O TEMPO
Os ônibus em Belo Horizonte não aceitarão mais dinheiro como pagamento a partir da segunda semana de junho. A bilhetagem será unicamente eletrônica, via QR Code, com pagamento via cartão de crédito e débito. O cartão BH Bus continua uma opção e, desde 2021, aceita o PIX como forma de recarga.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) no sábado 18/3, após ter sido aprovada pela Câmara de Belo Horizonte no último 13 de março. No texto divulgado pelo Executivo, Fuad Noman (PSD) sancionou duas leis que alteram o transporte público da cidade. A primeira, descrita acima, que tem até 90 dias para ser implementada. A outra muda a remuneração das empresas de ônibus: sai o sistema que vincula o pagamento ao número de passageiros transportados para entrar o método de pagamento conforme a quilometragem percorrida pelos veículos.
Os projetos que originaram as duas leis foram aprovados na Câmara de BH em 13 de março. Nessa sexta-feira (17/3), porém, as matérias passaram pela última etapa no Legislativo antes de seguirem para sanção do prefeito Fuad Noman (PSD): a aprovação da Comissão de Legislação e Justiça (CLJ), que deu aval à constitucionalidade dos textos em sessão extraordinária.
A remuneração por quilometragem tem a assinatura de 15 vereadores. A ideia é que as empresas só recebam recursos se colocarem ônibus nas ruas. Assim, independentemente do número de passageiros transportados, as companhias vão receber o mesmo valor por um determinado trajeto feito.
Caso o dinheiro arrecadado com as passagens supere o pagamento via quilometragem, a PBH fica com o saldo restante. Se o contrário acontecer, ou seja, o total levantado com tarifas não for suficiente para pagar a distância percorrida, a lógica se inverte: é o Executivo municipal que precisa compensar os empresários.
Presidente da Câmara, o vereador Gabriel Azevedo (sem partido) quer se reuniu com o prefeito para tratar da aplicação das duas leis sancionadas nas próximas semanas. O parlamentar quer que o prefeito explique como vai implementar a bilhetagem exclusivamente eletrônica na cidade.
Gabriel diz desejar que a mudança aconteça “de maneira planejada, de modo a fazer uma transição democrática e inclusiva na cidade”.
Por O Tempo
