
Palestinos feridos aguardam tratamento no hospital al-Shifa, na cidade de Gaza – Foto AP Photo/Abed Khaled
O ataque a um hospital na Faixa de Gaza está sendo amplamente condenado por governos internacionais. Pelo menos 500 pessoas morreram no ataque atribuído a Israel pelo Ministério da Saúde de Gaza.
- O Ministério de Relações Exteriores do Catar criticou o ataque e demonstrou preocupação com o crescimento dos alvos israelenses. “A extensão dos ataques israelenses na Faixa de Gaza incluir hospitais, escolas e outros centros populacionais é um escalonamento perigoso”, diz em nota.
- O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse que o ataque ao hospital de Gaza foi “o exemplo mais recente dos ataques desprovidos dos valores humanos mais básicos” promovido por Israel.
- O ministro turco das Relações Exteriores também repudiou o que chamou de “ataque bárbaro”.
- Para o governo iraniano, o ataque israelense é “hediondo” e “um crime de guerra selvagem”.
- O governo do Egito também condenou o ataque de Israel e definiu o fato como “uma violação perigosa do Direito Internacional Humanitário”.
Atacar hospitais é crime de guerra
Atacar hospitais e instalações de saúde civis durante conflitos é crime de guerra, segundo o direito humanitário internacional.
A proibição de ataque contra hospitais civis faz parte da Convenção de Genebra de 1949.
O artigo 18, Título II da IV convenção determina que cada hospital civil deve receber um documento que o certifique como centro de saúde civil.
Além disso, o local deve ser identificado como tal de forma visível por meio ou da cruz vermelha, ou do crescente vermelho ou do leão ou do sol vermelhos. Em qualquer um dos casos, o fundo deve ser branco.
Israel está, desde julho de 1951, entre os Estados parte que se comprometeram a respeitar as Convenções de Genebra.

Imagens do hospital Al-Shifa, em Gaza, para onde foram levadas vítimas do ataque de Israel a outro hospital – Foto: Anadolu via Reuters