Os 15 paraguaios encontrados em condições análogas à escravidão em uma fábrica clandestina de cigarros, em Cláudio, retornaram para o país de origem nesta quinta-feira 18/5. A informação foi confirmada pelo delegado da Polícia Federal, Daniel Sousa.
Ainda segundo o delegado, o Ministério Público do Trabalho (MPT) é quem está custeando a passagem de retorno dos estrangeiros para o Paraguai.
De acordo com a Polícia Militar, os paraguaios eram mantidos em cativeiro e em condições análogas à escravidão. Eles não podiam fazer contato telefônico e nem se comunicar com outras pessoas fora da fábrica.
Os paraguaios disseram que foram trazidos para o Brasil de olhos vendados e não sabiam que estão no interior de Minas.
Eles vieram a partir de um anúncio na internet prometendo um trabalho no Brasil para área de logística com salário de R$ 2.500, segundo o MPT.
Ainda segundo o órgão, eles foram para Divinópolis e depois o contratante os levou para a fábrica em Cláudio, onde os manteve em cárcere privado. Os trabalhadores foram resgatados na tarde de terça-feira (16).
Presos
De acordo com a Polícia Federal, na fábrica clandestina também foram encontrados cinco brasileiros. Conforme o delegado, três estão presos e os outros dois foram ouvidos e liberados. Os paraguaios não foram presos em razão da condição análoga à escravidão em que estava sendo submetidos.
Após denúncia anônima, PM descobre fábrica clandestina de cigarros em Cláudio.
Por G1