Pela 8ª vez na ONU, Lula retoma temas de mandatos anteriores

19/09/2023 | Brasil, Mundo

 

Lula nas assembleias da ONU em 2006, 2009 e 2023 – Foto: Julie Jacobson/AP; Richard Drew/AP; Mike Segar/Reuters

 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou nesta terça-feira 19/9, pela oitava vez em um evento relacionado à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nos Estados Unidos.

 

Foram 7 discursos na abertura de assembleias-gerais (2003, 2004, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2023) e um pronunciamento em uma reunião que antecedeu o debate da Assembleia Geral de 2005. Naquele ano, o então chanceler Celso Amorim discursou na abertura do debate.

 

A Assembleia Geral da ONU ocorre anualmente e, por tradição, o chefe de Estado do Brasil é o primeiro a discursar na assembleia, que reúne representantes de mais de 190 países.

 

Assim como ocorreu nas outras vezes em que participou da assembleia, Lula recheou o pronunciamento deste ano com falas sobre combate à fome e à desigualdade, governança global, reforma do Conselho de Segurança da ONU e mudanças climáticas.

 

Todos esses são temas recorrentes nos discursos do petista na ONU e, também, em outros fóruns internacionais do qual o Brasil é participante.

 

A necessidade de ações contra a forme, por exemplo, foi destacada por Lula nos anos de 2003 (primeiro dele como presidente do Brasil), 2004, 2005, 2006 e 2008. E também foi mencionada no pronunciamento deste ano.

 

A luta contra a pobreza e a desigualdade, invocada por Lula em 2004, foi ressaltada no discurso de 2023, em que o petista também cobrou iniciativas contra o racismo e o preconceito contra a população LGBTQIA+.

 

Além disso, o presidente brasileiro mencionou a lei sancionada por ele que pune com mais rigor a desigualdade salarial entre homens e mulheres – momento em que foi aplaudido pelos presentes.

 

A defesa de mudanças na composição do Conselho de Segurança da ONU – que, na avaliação do petista, não consegue mais mediar os conflitos entre os países – foi enfatizada pelo presidente brasileiro em sete das oito participações.

 

Em um determinado momento do pronunciamento deste ano, Lula disse que a guerra na Ucrânia, país invadido pela Rússia, “escancara” a incapacidade dos Estados que fazem parte das Nações Unidas de dialogar para pôr fim ao conflito.

 

As mudanças climáticas são abordadas pelo petista pelo menos desde 2004 – com mais ênfase a partir de 2007 – e voltaram a ser referidas no discurso desta terça, quando Lula voltou a cobrar o financiamento, pelos países ricos, de ações para a preservação do meio ambiente nas nações emergentes.

 

Neste ano, Lula voltou a fazer uma reflexão sobre a necessidade de implementação de novas relações econômicas, com maior participação de países em desenvolvimento e menos protecionismo por parte das nações mais ricas, além de trocas comerciais mais justas.

 

Ele também criticou o neoliberalismo e o surgimento de “aventureiros de extrema-direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas”, mas sem especificar a quem estava se referindo.

 

Ausência em 2010

 

Em 2010, Lula não foi à Assembleia Geral da ONU. Na ocasião, ele disse que estava focado na campanha eleitoral de Dilma Rousseff, que foi eleita presidente naquele ano.

 

Celso Amorim, então ministro das Relações Exteriores, representou o presidente.

 

*Com informações do G1 

 

 

 

 

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