Um homem de 50 anos está preso de forma preventiva suspeito de estuprar uma criança de 10 anos de idade. O crime, segundo a Polícia Civil de Minas, ocorria em Juatuba, região Metropolitana de Belo Horizonte.
Também conforme a investigação, o suspeito tinha guardados mais de 100 gigabits de pornografia infantil em casa.
A denúncia chegou até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Juatuba no dia 8 de outubro, por meio da mãe da criança. Foi a madrinha da vítima que descobriu os abusos, quando a garotava estava passando alguns dias na casa dela.
“A madrinha viu a vítima conversando com outra criança sobre um homem e mencionando que ela mandava fotos para ele. A madrinha alertou a mãe, que pegou o celular da filha, onde tinha uma foto dela nua. A família também viu que ela tinha enviado essa imagem para o homem”, detalha a delegada Raquel Gontijo, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Juatuba.
Conforme a criança, os abusos ocorriam há cerca de dois anos. O homem era uma pessoa de confiança da família e se aproveitou disso para cometer o crime. “Ele era amigo da família há mais de 20 anos, buscava a vítima no colégio, ficava com ela em casa, passava muito tempo sozinho com ela”, diz a delegada Raquel, que também afirma que o suspeito manipulava a menina para que ela nunca parasse de enviar as fotos.
“Ele falava que ele era namorado dela, e que se ela não enviasse as fotos ele não ia gostar mais dela, que não ia mais ‘amá-la'”, detalha a delegada.
O homem foi preso na casa dos pais, no dia 18 de outubro. De acordo com a polícia, ele não reagiu à prisão, mas negou que tenha cometido os abusos. No depoimento em cartório, ele se manteve em silêncio.
Na casa do suspeito foram apreendidos celulares em computadores. Em um dos aparelhos, os agentes encontraram 109 gigabits de material com pornografia infantil, entre vídeos e imagens. Em alguns dos materiais, também segundo a polícia, o homem aparece abusando de uma criança ainda não identificada.
Os agentes trabalham também para localizar outras possíveis vítimas, já que o homem exercia a profissão de professor de capoeira e dava aula para crianças de idades variadas, segundo a investigação.
Se condenado, o suspeito pode responder por estupro de vulnerável – cuja pena varia de 8 a 15 anos de prisão- e por armazenar e possuir pornografia infantil, crime que rende pena de 1 a 4 anos de prisão. A Polícia Civil alerta pais e responsáveis para terem cuidado com os aparelhos celulares de crianças e adolescentes.
“Os pais devem vigiar o telefone celular das crianças, o que elas acessam, com quem elas conversam, fazer um controle mesmo do que essa criança e esse adolescente fazem. E sempre observar os comportamentos, pois muitas vezes essa vítima fica mais retraída, mais agressiva”, recomenda a delegada Raquel Gontijo.
*Com informações O Tempo / PC