Porto Alegre agora convive com animais mortos e mau cheiro

16/05/2024 | Brasil

 

Carros deixados em rua alagada de Canoas – Foto Carlos Macedo/AP

 

 

Depois da passagem de uma frente fria, que enfraqueceu o bloqueio atmosférico que atua sobre o Brasil desde 22 abril, a chuva deve retornar ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira 16/5.

 

A atuação da massa de ar polar permitiu que os últimos dias tivessem predomínio de sol e que a chuva desse uma trégua na região. Mas, com o deslocamento da frente fria para o oceano, o estado volta a ter condições de tempo mais instável.

 

Segundo a Climatempo, outros dois fatores devem contribuir para as chuvas na região:

 

  • Influência de um fluxo de umidade vindo da Amazônia

 

  • Condições instáveis da atmosfera

 

Com isso, o dia deve ter céu nublado em todo o estado e chuva principalmente no centro-norte do Rio Grande do Sul.

 

Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, comenta que a condição não deve ser tão extrema quanto o que foi observado na última semana.

 

“Apesar da previsão ser de uma chuva não tão intensa, ainda há risco de chuva forte, em especial no norte do estado. A diferença é que a duração deve ser menor, com as áreas de instabilidade se deslocando já a partir de sexta”, analisa.

 

Segundo o meteorologista, entre quinta e sexta (17), os volumes médios registrados devem ficar entre 60 e 100 milímetros no norte do estado. A chuva mais forte deve atingir inclusive a Serra Gaúcha, deixando toda a região em alerta.

 

na Grande Porto Alegre, a chuva deve ser fraca a moderada. Os acumulados devem ficar entre 30 e 50 milímetros.

 

Na sexta, uma nova frente fria deve contribuir para a condição de tempo instável no Rio Grande do Sul. A chuva deve aumentar no fim da semana no norte, inclusive nas cabeceiras de rios importantes que fazem parte das bacias do Taquari, Alto Jacuí e Uruguai.

 

Riscos de inundações

 

Com o solo já enchardo por conta dos grandes volumes de chuva registrados nos últimos dias, a volta dos temporais é um alerta para a piora das inundações.

 

Lucyrio explica que, em condições normais, os acumulados esperados não seriam o suficiente para provocar grandes transtornos. Mas, com a situação já frágil do solo e com os níveis das bacias muito elevados, qualquer nova chuva pode representar um problema.

 

O Centro Nacional de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão ligado ao governo federal e que faz a comunicação de risco para a Defesa Civil, alerta para os possíveis riscos com as novas chuvas previstas.

 

O órgão divide os alertas de risco em dois tipos: geológicos – como deslizamentos de terra e desabamentos – e hidrológicos – como inundações, alagamentos de áreas rebaixadas e extravasamento de rios e canais.

 

*Com informações G1 

 

 

 

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